Ídolo do Guará, Dedoné quer repetir no São José o sucesso dos tempos de Garça

Jogador volta ao Vale do Paraíba e comenta nova fase na vida profissional e desafio de buscar um momento melhor da Águia do Vale

Leandro Oliveira

Guaratinguetá

Dedoné (ao fundo, do lado direito) na comemoração do acesso à Série B, em 2009 - Reprodução/Internet

Aos 29 anos idade, o atacante Diego Dedoné inicia uma nova caminhada na sua carreira. Ídolo do Guaratinguetá, o atleta tenta escrever sua história no rival, o São José. Contratado como reforço da Águia para a Copa Paulista, que tem início em julho, Dedoné falou sobre sua passagem pela Garça e o novo momento no time joseense. 

Casagrande, ídolo do Corinthians, já jogou no São Paulo. Neto, também ídolo do Timão, defendeu o Tricolor, Santos e Palmeiras. Edmundo, xodó do Vasco, já vestiu as camisas de Flamengo e Fluminense, assim como Waldir Peres, goleiro são-paulino, já jogou no Corinthians. Na região, Renato Santiago, ídolo do São José, já jogou por Taubaté, Guaratinguetá e Joseense - atual São José dos Campos Futebol Clube. Rocha, xerife da zaga do Guaratinguetá nos principais anos do clube, passou pelo Burro da Central e hoje está na Águia do Vale. Esses são só alguns exemplos de ídolos que foram jogar em times rivais.

Guaratinguetá/Divulgação

Com mais de 50 jogos pelo Guará, chegou a vez de Diego Dedoné tentar a sorte no São José. O jogador foi anunciado pelo diretor de futebol do clube, Eduardo Pennelupi, na tarde do último domingo e já está integrado ao elenco joseense, que treina em Atibaia. "É um time que tem tradição e que está passando por uma fase ruim. Fico feliz de ter acertado, pois é uma equipe que tem uma torcida grande e uma história muito bonita", contou o atacante.

De volta ao Vale do Paraíba, Dedoné comentou sobre a rivalidade entre as equipes e seu desafio com a camisa da Águia. "Fui muito feliz em Guará, mas futebol é assim. Eu dependo do futebol, do meu salário, para manter minha família e a oportunidade que tenho hoje é o São José. Encaro esse desafio da melhor maneira possível, pois tenho muita vontade e garra para repetir aqui o que já fiz pelo Guaratinguetá. Espero fazer meu nome também no São José".

Na Série A-2, a Águia esteve perto de se classificar à segunda fase, mas na última rodada, um empate contra o Juventus no Martins Pereira aniquilou as chances do time avançar. Para Dedoné, é a chance do São José crescer na temporada. "Espero que o São José acabe com essa fama de alguns anos e que nessa Copa Paulista o time dê um salto. A cidade é grande e a torcida também, merecem conquistas. Vamos dar o máximo, em busca do título", concluiu.

O São José estreia no dia 18 de julho contra o Juventus, no Martins Pereira. Além de Dedoné, outros 22 jogadores fazem parte do plantel da Águia para a competição.

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Guará perde em casa e se complica ainda mais na Série C

Garça é derrota pela Portuguesa e continua na lanterna; João Telê foi alvo de críticas de parte da torcida e rebateu os torcedores

Leandro Oliveira

Guaratinguetá

Sanderson Barbarini/Foco no Esporte

Guaratinguetá e Portuguesa entraram em campo nesta segunda-feira com missões diferentes. Jogando em casa, a Garça buscava sua primeira vitória para deixar a lanterna do Grupo B. Já  a Lusa, precisava dos três pontos para seguir no G-4. Melhor para os lusitanos, que fizeram 3 a 0, faturaram os pontos e deixaram o Tricolor em uma situação ainda mais delicada.

A partida

A bola rolou às 20h15 no estádio Dario Rodrigues Leite mas o jogo não começou com grandes emoções. Truncado, o encontro entre Guará e Lusa deixou a desejar nos primeiros 30 minutos de partida. Aos 34, a Portuguesa viu sua grande oportunidade, após a zaga tricolor cortar um cruzamento com a mão e o árbitro marcar pênalti. Na cobrança, Hugo abriu a contagem.

O placar só foi alterado novamente no segundo tempo.Aproveitando os contra-ataques e buracos deixados pelo Guaratinguetá, a Lusa chegou ao segundo gol. Guilherme Queiroz recebeu passe açucarado e, livre de marcação, tirou do goleiro para ampliar.

Se 2 a 0 já era dor de cabeça certa para o torcedor do Guaratinguetá, o incômodo ficou ainda pior, porque a Portuguesa encontrou espaços para marcar o terceiro. Jonathan escapou aos 22 minutos, se livrou de marcação e lançou em diagonal para Hugo, que se livrou da marcação e tocou na saída do goleiro.

Com os 3 a 0, a Portuguesa manteve o controle da bola, o Guaratinguetá não teve forças para levar perigo ao gol lusitano e a partida terminou com a terceira derrota tricolor em quatro jogos.

Revolta

Nos minutos finais da partida, João Telê, técnico do Guaratinguetá chegou a bater boca com parte da torcida. Após o apito final, o treinador discutiu de maneira mais calorosa com alguns torcedores no túnel que dá acesso ao vestiário. Dois funcionários do Guará também bateram boca, só que com fiscais da Federação Paulista de Futebol. "Não é a torcida, são pessoas que vieram me xingar, são viúvas de um ou de outro. Eu só disse 'Tá reclamando? Vem ajudar. Toda ajuda é bem vinda'. Eu não vou aceitar ataques pessoais. Eu sou tratado muito bem pelos torcedores. Sempre fui muito bem tratado pelos torcedores", contou o treinador tricolor.

Com a derrota, o Guaratinguetá segue na última posição do Grupo B, com apenas um ponto. A Portuguesa se consolidou na quarta posição, agora com 7 pontos. A Série C faz uma pausa e só voltará a ser disputada no dia 28 deste mês.

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