11 de jun. de 2014

Tudo como o esperado... padrão Fifa

Depois de anos de denúncias, protestos e críticas, há motivos para surpresas com a Copa? O casamento Brasil e Fifa e seus filhos tortos

Francisco Assis
Colaborador, Lorena

Sete anos. Este foi o tempo que o brasileiro esperou para receber sua segunda Copa do Mundo. A escolha de 2007, anunciada pelo todo poderoso da Fifa, Joseph Blatter, caiu como um trunfo político, em meio à principal crise do Governo Lula, o Mensalão, e assim foi usada desde então, como moeda de troca entre partidos e governos. No Brasil, a Copa passou a ser sinônimo de superfaturamento, negociatas, atrasos e denúncias, muitas denúncias. Mas e para o futebol? Torcedores e jogadores têm mesmo o que comemorar? E o Brasil?
Estádios velhos, torcedor tratado como gado, falta de estrutura interna e externa. Estes são alguns dos vários problemas que sempre estiveram presentes no cenário do futebol brasileiro, mas que poderiam ter fim com a realização de um mundial na terra de Pelé. Poderiam...
Isso, se a competição não fosse organizada por uma entidade afundada na lama da corrupção. A Fifa, há tempos, vende seu principal torneio (aliás, vende todos) a quem fizer a maior oferta. E quando se fala em oferta, entenda-se melhores condições para o superfaturamento de obras e contratos irregulares.
Isso se não estivéssemos em um país onde a prioridade é a política, ou melhor, politicagem com que se trabalha projetos e eventos de todos os portes.
Isso se não estivéssemos em um país onde a memória do povo é mais curta que o salário mínimo e os escândalos se repetem, com seus envolvidos despreocupados, pois eles certamente caem no esquecimento ao cantar do galo.
Se avaliarmos em termos econômicos, o Brasil tem sim condições de receber uma Copa, já que a própria África do Sul o fez em 2010 (mal feita, é claro). Sétima maior economia do mundo, de acordo com classificação do Banco Mundial, o país poderia organizar uma competição como essa sem sustos. Mas neste caso, é outro ranking que assusta, e não estamos falando no famigerado ranking da Fifa, mas sim o da corrupção mundial.
(foto: Chico Batata - Agecom)
Surpreenderia o mais desavisado estrangeiro ao pensar: “Mas como a Fifa pode entregar a Copa nas mãos de um país que ocupa a 72ª posição entre os países que lutam contra a corrupção?” Pode, mas não deveria.
Fifa e Brasil fizeram um casamento perfeito. Mas o que podemos esperar são filhos feios, ou pelo menos, bonitos, mas sem conteúdo. Ou seja, filhos tortos.
A começar pelos estádios. E quando se fala em estádio por aqui, não podemos começar por outro que não seja o Maracanã, casa do Mengo de Zico, do Bota de Garrincha, do Vasco de Dinamite e do Flu de Rivelino. A beleza do futebol dos citados é o contraste da bizarrice dos gastos com o templo carioca, que ultrapassou os R$ 1,3 bilhão. Aliás, este é o mesmo estádio que já havia recebido um investimento de R$ 397 milhões para o Pan 2007. Ainda há outros abusos como o Mané Garrincha (R$ 1,495 bilhão) e o Itaquerão (R$ 1,170 bilhão). “Mas os estádios são belos”, diria o outro. Belos sim, belos para a Copa. Feios também, feios para o torcedor comum. Basta ver o que acontece no Maracanã, com arquibancadas padrão Fifa, vazias, vazias, rodadas após rodadas do Brasileirão, afinal, o ingresso até para o Cariocão era padrão Blatter.

Abuso também na infraestrutura das cidades sedes. Soa como piada ruim, declarações da presidente Dilma Rousseff, que voltou a afirmar na noite desta terça-feira, que as obras de infraestrutura para a Copa “não voltarão na mala dos turistas". "Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda vida”... Mas e o filho feio, ninguém leva né...
Mas e nas quatro linhas? Para os jogadores brasileiros a Copa é a grande oportunidade, certo? Certo. Pelo menos para os 23 que compõem a Seleção de Scolari, além dos felizes naturalizados, como Diego Costa. 
A Copa vai mudar apenas a qualidade do gramado (pelo menos por um tempo) para quem atua no Brasil. Ou alguém acha que o calendário brasileiro vai se adequar ao europeu, só para deixar o Fuleco feliz? Os salários estarão em dia, após a Copa? Os clubes serão pressionados a respeitar seus funcionários, evitando atrasos e respeitando os contratos? As pequenas agremiações terão competições por toda a temporada?

O futebol brasileiro sempre se pontuou em seus craques para se proclamar o melhor do mundo. Desde 1958, quando a Seleção de Garrincha e do menino Edson Arantes do Nascimento, bateu a Suécia e conquistou seu primeiro título, nunca deixamos de chegar a uma Copa como um dos favoritos, afinal de contas, por aqui, os talentos “brotam em todo lugar”.
Mas hoje, dentro de campo o favoritismo já não é coisa tão certa assim. O Brasil ainda possui grandes jogadores, mas quase todos com “usucapião europeu”. Dos titulares que Luiz Felipe Scolari deve mandar a campo na tarde desta quinta-feira, contra a Croácia, apenas o atacante Fred atua no Brasil, pelo Fluminense. Nos tornamos um país gerador de mão de obra, ou, “pé de obra” como diz Juca Kfouri. Isso é reflexo de um futebol administrativamente fraco. Nenhum time consegue manter seus craques. Um futebol tão amador, quanto à seleção brasileira que disputou a Copa de 1930.
Mas ficamos tranquilos, pois esta é uma realidade já esperada. Afinal, o governo Dilma, o COL (Comitê Organizador Local) do envergonhado Ronaldo Nazário, os governadores (que insistem em jogar o filho feio no colo da presidente, no é Alckmin?) e Blatter, prometeram uma organização padrão Fifa, assim como a herança do mundial, padrão Fifa... suja, corrupta e elitista, ou seja, padrão Fifa.



Já em Taubaté, Lorena quer trabalhar o quanto antes para colocar time do Vale entre os melhores do país

O oposto Fabrício Dias foi apresentado na última terça-feira e lida com seu retorno ao Vale do Paraíba como uma grande oportunidade

Redação
Na Gaveta Esportes, Taubaté

Já no Vale do Paraíba, o oposto Fabrício Dias se sente em casa, no Taubaté. O jogador foi apresentado oficialmente junto dos demais reforços do time taubateano, na tarde da última terça-feira. Natural de Lorena, Fabrício volta ao Vale após longo período de transição entre clubes do Brasil, e afirmou que tem uma grande oportunidade para colocar o Taubaté entre as grandes equipes do país.
Lorena (atacando à direita) volta ao Vale com sede de vitórias (foto: divulgação Facebook)
Sidão, Rapha e Dante também chegaram. Mas o destaque principal do time de Taubaté é o vale-paraibano Fabrício Dias, mais conhecido como 'Lorena'. O oposto, que rodou o país e já defendeu o Sesi-SP, Vôlei Futuro e estava no Maringá, afirmou que a chance de voltar à sua região de origem é uma boa oportunidade. "Eu tenho um baita presente, uma grande oportunidade", comentou o oposto em entrevista à TV Vanguarda.

Lorena foi apresentado no dia 10, junto dos demais reforços. Um dia após sua apresentação, o oposto já afirmou que está ansioso para o começo dos trabalhos por seu novo clube. "Eu quero começar a trabalhar logo e ajudar a equipe do Taubaté e estar entre as melhores do país", afirmou à TV.
A equipe vai aproveitar o mês de junho para realizar a preparação para o primeiro torneio que vai disputar, os Jogos Regionais.



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