17 de nov. de 2015

Seis camisas do futebol paulista que marcaram época nos últimos 25 anos

Seleção pontua seis mantos memoráveis dos últimos 25 anos de futebol no estado de São Paulo

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Uma conquista sempre será eternizada. Essa afirmação também vale para camisas de times de futebol que marcaram época no cenário estadual. Lembranças pelo título conquistado ou pelas boas campanhas, óbvio, mas também pelo design, detalhes e peculiaridade de cada uniforme. 

Somando campanhas marcantes e belas camisas, o Na Gaveta Esportes preparou uma pequena seleção de seis camisas de clubes de São Paulo (exceto Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) que marcaram época nos últimos 25 anos. Lembrando que, além da beleza do uniforme, a seleção também leva em consideração as campanhas das equipes em torneios de nível estadual, nacional e internacional.

A Lusa de Dener em 91

Dono dos holofotes na Lusa, Dener em jogo da temporada - Gazeta Press
A Portuguesa foi vice-campeã brasileira em 1996, quando caiu na final diante do Grêmio. Mas, cinco anos antes, a Lusa lançava uma camiseta que ficaria na memória de quem cresceu e viveu na década de 90. Somente 11ª no Brasileirão e na 4ª posição do Campeonato Paulista, a Portuguesa não teve uma temporada tão bonita como a camisa da época. 

Toda vermelha e com detalhes em verde, branco e vermelho nas mangas, a camiseta da Portuguesa em 1991 alinhava a simplicidade e a ousadia. Fugindo do tradicional alvirrubro em listras horizontais, o design deste ano vestiu perfeitamente o maestro daquele time. Dener se sentia a vontade com o manto lusitano, confeccionado pela Dellerba. 

Bragantino - a camisa da década

Time vice-campeão brasileiro em 91, usando a tradicional camisa 'carijó' - Gazeta Press
De fato o Bragantino chegou para marcar época, no fim dos anos 80. Em 89, o time conquistava o acesso e o título da Série B do Brasileirão. Um ano mais tarde, na final caipira contra o Novorizontino, veio o título do Paulistão da Série A-1.

Mas, sua maior glória estaria por vir. Em 91, o time de Bragança Paulista chegou à final da Série A do Campeonato Brasileiro. Se o título contra o São Paulo não veio, o Massa Bruta sempre será lembrado pela boa campanha na temporada e pela camisa usada ao longo da competição.

Conhecida como 'carijó', a camiseta do Bragantino marcou época. A Dellerba, fornecedora de material esportivo do Massa Bruta entre 90 e 91, decidiu criar uma nova identidade para a época. Como resultado, foi lançada uma camisa totalmente coberta por pequenas figuras geométricas em preto, branco e cinza. Os anos passaram e a lembrança dessa camiseta ainda continua.

Do ABC para o Brasil - uma febre azul

A Rhummel foi responsável pelos uniformes do São Caetano, na saga de 2000 - Getty Images 
Pouco conhecido no cenário nacional, o São Caetano despontou para nunca mais ser esquecido no início dos anos 2000. Recém promovido da Série B do Campeonato Brasileiro, o time do ABC Paulista disputou o módulo amarelo da Copa João Havelange, se saiu bem e chegou às oitavas de final da Copa. No mata-mata, o Azulão desbancou clubes de tradição no país e chegou à final. Fluminense, Palmeiras e Grêmio ficaram pelo caminho. Na decisão, o Vasco da Gama foi melhor, ficou com o título e deu ao São Caetano o vice-campeonato. 

Mas, a boa campanha em meio aos gigantes despertou interesse e atenção de todos. A simples e bela camisa azul com detalhes em vermelho e branco ganhou a vitrine das lojas esportivas no estado e os holofotes da mídia. Mesmo 15 anos depois da saga caetanense, a camisa de 2000 segue sendo lembrada.

O estado de São Paulo é rubro-negro

Em 2002 o Campeonato Paulista foi disputado por apenas 12 clubes, já que as principais potências do estado entraram na disputa do Torneio - Rio São Paulo. Com um elenco encaixado, o Ituano superou os rivais e ficou com o título estadual naquele ano. Esse seria o primeiro, já que 12 anos depois, o Ituano voltaria a liderar o estado.

No mesmo ano foi disputado o Supercampeonato Paulista. Campeão estadual, o Ituano garantiu vaga. Além dele, São Paulo, Palmeiras e Corinthians também entraram na disputa, por terem sido os melhores paulistas no Rio - São Paulo. O rubro-negro eliminou o Corinthians e chegou à final para encarar o São Paulo. Na decisão, o Tricolor foi superior, empatou a primeira partida e goleou no jogo de volta.

Mas o título estadual de 2002 já era o suficiente para gravar o nome do Ituano na história do futebol paulista. A camisa dessa temporada também será recordada, graças ao design simples que casou as cores vermelha e preta em listras verticais. E um outro detalhe na peça ajuda para que a camiseta seja lembrada. A tonalidade do anúncio do patrocinador master da peça.

A camisa que pôs fim a um tabu de 33 anos

Rico era o principal jogador da Briosa, em 2003 - Gazeta Press
Quase rebaixada em 2002, a Portuguesa Santista aprontou no Campeonato Paulista de 2003. O futebol moleque, envolvente e de agilidade da Briosa impulsionou o time para liderar seu grupo na primeira fase, desbancando São Paulo e quebrando um tabu de 33 anos sem vencer o Santos. De quebra, a Portuguesa ainda viu o rival praiano ser eliminado na primeira fase.

Nas quartas de final, o Guarani ficou pelo caminho. Nas semifinais, era a vez de reencontrar o São Paulo. Na primeira fase, o confronto ficou empatado por 1 a 1. No mata-mata, a Briosa por dois resultados iguais para avançar, porém, o São Paulo fez 5 a 0 no Morumbi e 1 a 0 na Vila Belmiro e o sonho de Rico, principal jogador alvirrubro, e Pepe, treinador, acabava.

Mas nem a goleada sofrida na semifinal, nem a eliminação apagam a campanha que a Portuguesa Santista fez. Isso sem contar a camiseta da Briosa na temporada. Com listras verticais em vermelho e verde e com a gola branca, o uniforme criado pela Neo ganhou destaque graças a campanha do time em 2003, mas também, pela simplicidade e harmonia embutidas no design daquela temporada.

Mossoró, Copa do Brasil e uma camiseta memorável

A Wilson não fugiu da tradição e acertou a mão na camiseta de 2005 do Paulista de Jundiaí - Agência O Globo
Santo André e Paulista conquistaram a Copa do Brasil, em 2004 e 2005, respectivamente. Mas o time de Jundiaí, além de desbancar um gigante carioca na decisão, assim com o andreense fizera um ano antes, brindou os apaixonados por futebol com uma belíssima camiseta ao longo da competição.

O modelo usado em 2005 mais parecia uma das camisas antigas da Seleção Paulista de Futebol, com listras verticais pretas e brancas e leves detalhes vermelhos. Nas fases anteriores à final, o Paulista chegou a entrar em campo com uma camiseta sem patrocínio no peito e nas mangas, contra o Figueirense, por exemplo. Além do Figueira, o Galo da Japi eliminou também Botafogo, Cruzeiro, Internacional e superou o Fluminense na decisão.

Ser campeão nacional, por si só, é um ato que fica eternizado. Mas que a Wilson deu uma bela mão para contribuir para que essa lembrança seja ainda mais bonita, ela deu.  

E você, tem alguma camiseta marcante dos últimos 25 anos na memória? Se tiver, sugira lá na nossa página no Facebook: Na Gaveta Esportes. Deixe também sua sugestão de pauta ou tópico relacionado ao  futebol estadual.

Orkut Favorites More