Gustavo Mathidios explana sobre utilização do Dario Rodrigues Leite e Chico Vaz para treinos do Guaratinguetá
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Criticado por João Telê, ex-técnico e atual membro
diretivo do Guaratinguetá, o secretário de esportes da cidade, Gustavo
Mathidios, respondeu. Segundo Gustavo, o poder público não pode dar
carta branca ao clube, pois se trata de uma empresa privada. O chefe da
pasta esportiva esclareceu que a secretaria não tem obrigação de liberar
campos municipais para que o time use os espaços para treino ou apronto
final. Ele ainda contou que nenhum pedido oficial da direção do clube
sequer chegou.
Gustavo (direita) não entrou em polêmicas e esclareceu situação dos campos de domínio do poder municipal Leandro Oliveira/Na Gaveta Esportes |
Em meio a turbulência vivida dentro e
fora de campo pelo Guaratinguetá, uma chuva de críticas de João Telê,
ex-técnico e membro diretivo da Garça, caiu sobre o secretário de
esportes da cidade, Gustavo Mathidios. O chefe da pasta negou que haja
descaso do poder público com o clube. "O Guaratinguetá é um clube que
tem uma história muito grande, a cidade tem um amor muito grande pelo
time e a gente quer ver o clube bem. Mas nas nossas condições de
trabalho, a gente tem que andar corretamente. A gente cumpre nossa
parte. Trocamos o gramado do estádio, fizemos uma pintura completa do
estádio e estamos fazendo investimento ponto a ponto", contou.
No
último domingo, João Telê se queixou publicamente sobre a falta de
apoio da secretaria com o time, que disputa a Série C do Campeonato
Brasileiro. O técnico lamentou não poder realizar treinos de rotina e
treinamentos específicos de preparação para as partidas nos campos
municipais e no estádio Dario Rodrigues Leite.
Sobre a
situação, Gustavo foi enfático. "As coisas extra-campo, que não são de
responsabilidade da prefeitura, não competem a nós. Uma empresa privada
não pode se utilizar de um patrimônio público constante sem uma
autorização legal. O Guaratinguetá foi acertando dívidas passadas, mas a
dívida passada não significa documentação do direito de uso", explicou.
Dario Rodrigues Leite
Os
treinos pré-jogo, que antecedem as partidas, eram feitos no Dario
Rodrigues Leite até o ano passado. Na Série C, a Garça, que foi
representada pelo elenco do Osasco Audax, treinava no estádio na véspera
de cada partida em casa. Mas, neste ano, as coisas mudaram.
Segundo
Gustavo Mathidios, por conta da reforma feita no gramado do estádio, no
fim de 2014 e início deste ano, os treinos tiveram grande redução. O
secretário ainda comentou que nenhum pedido oficial da direção do Guará
chegou à pasta. "O Manthiqueira fez dois treinos, isso depois de pedir
inúmeras vezes. Reduzimos pois o gramado ficou perene. Mas não tivemos
nenhum pedido oficial ou
documentação regularizada do Guaratinguetá para uso do estádio".
Chico Vaz
Quando
questionado sobre a utilização do Chico Vaz, Gustavo contou que não há
espaço na agenda do estádio. Com dimensões oficiais, o campo do Chico
Vaz já é utilizado pelas seleções de base da cidade durante as semanas.
"Quanto a treinar no Chico Vaz, a gente não pode deixar ter um treino
constante. O local não fica as moscas, como ele disse, pois temos
projetos de categorias de base que representam a cidade em competições
locais, como Jogos Regionais e Abertos da Juventude", concluiu.
O
secretário revelou que está sendo realizado um estudo técnico para
saber se é mais indicado reformar os antigos vestiários, que não são
mais usados, ou construir novos vestiários no Chico Vaz. O espaço atual
está fechado e inapropriado e os atletas tem utilizado os vestiários
superiores, na entrada do complexo.
#curta Na Gaveta Esportes