12 de mar. de 2015

João Telê explana sobre momento difícil do Guaratinguetá e indecisão quanto ao Dario Rodrigues Leite

Treinador tocou em pontos cruciais da temporada negativa da Garça, que segura a lanterna da Série A-2 e ainda não jogou na cidade neste ano

Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Treinador falou por cerca de uma hora na porta do Dario Rodrigues Leite (Leandro Oliveira - Na Gaveta Esportes)
João Telê esteve em Guaratinguetá e concedeu uma entrevista coletiva no fim da tarde desta quinta-feira. Do lado de fora do estádio, em meio aos torcedores que foram acompanhar, o treinador falou sobre diversos assuntos, inclusive sobre a péssima campanha da equipe na Série A-2, o mando de campo tricolor e questões administrativas. O Guará volta a jogar no próximo sábado, contra o Independente de Limeira, às 15h, em Leme.
 

Fala, treinador

Torcida acompanhou a entrevista de perto
(Leandro Oliveira - Na Gaveta Esportes)
A entrevista coletiva foi atípica. Do lado de fora do estádio, o treinador atendeu a imprensa às 18h20. Mas, a primeira pergunta foi feita por um torcedor, que cobrava explicações sobre a fraca campanha na Série A-2. João Telê contou que ia deixar o comando da equipe, mas voltou atrás. "Eu ia sair. Estava pesado pra mim. Aí o Futebol Interior publicou aquilo de mim. Aí falei: 'não saio mais'. Se eu tiver que sair achincalhado como burro ou péssimo técnico, que não tem futuro na carreira, é um outro detalhe", contou. "As derrotas vieram. Eu sou culpado por todas elas. Vou dar minha alma, minha vida. Eu tenho dignidade. Cobrei os atletas, dispensei algumas pessoas. Agora eu preciso trabalhar", concluiu.
Questionado sobre o motivo da coletiva, João Telê respondeu. "Fui convidado. O Boaventura me convidou, o Boaventura daqui (torcedor) pediu para eu viesse. Ia promover uma situação dessa e eu vim. Recebi algumas mensagens de que eu não queria estar aqui, mas eu quero estar dentro da casa que eu represento hoje".

Novela Dario Leite

(Leandro Oliveira - Na Gaveta Esportes)
Ainda sem poder mandar jogos em Guaratinguetá, o treinador explicou o motivo de não estar jogando no Dario Rodrigues Leite. "A única coisa que eu recebi, não sei se foi da prefeitura ou de quem, foi um boleto de R$ 15 mil para mandar os jogos. Foi a condição que me colocaram para jogar em Guaratinguetá, e isso não posso aceitar. Eu não conheço o prefeito, deve ser uma pessoa muito séria. Também não conheço o secretário de esportes. Há muitos equívocos e conversas que estão sendo colocadas e eu estou aqui para colocar minha cara a tapa. Eu quero jogar aqui. Por isso estou aqui".

Questionado se havia despreparo por parte da comissão técnica e novos gestores em não conhecer o prefeito e o secretário de esportes de Guaratinguetá, João Telê respondeu. "Da minha parte não. O Muricy Ramalho conhece o prefeito de São Paulo? O Luxemburgo conhece o prefeito do Rio? Eu só fui conhecer o prefeito de Leme numa churrascaria. Não existe formalidade para cidadão. Para tratar de negócios sim, mas eu sou treinador de futebol. Não existe despreparo. Teria maior prazer em conhecê-lo".

Homem de frente do Guaratinguetá desde a parceria, João Telê respondeu se procuraria o poder público para regularizar a situação do estádio Dario Rodrigues Leite. "Se eu puder intervir para que isso se resolva o mais breve, eu vou fazer. Não posso garantir que será resolvido. Eu não tenho a caneta. Quem tem a caneta são eles, o prefeito, o secretário de esportes. Não sei o que está impedindo. Eu não tenho essa informação. De repente é uma questão de lei, eu não sei".
Torcedores permaneceram até o fim da entrevista (Leandro Oliveira - Na Gaveta Esportes)
O treinador disse que a partida deste sábado, contra o Independente de Limeira, será a última em Leme. Ele ainda acenou com a possibilidade de uma parceria com o Grêmio Osasco Audax, que manda partidas na cidade de Osasco. "Talvez eu não mande mais jogos em Leme. Vou tentar mandar em Osasco, caso não consiga jogar em Guará. Vou conversar outras opções para não viajar tanto. Se eles me liberam o campo, eu boto o time na cidade no mesmo momento".

Sigilo

João Telê foi questionado em diversos momentos da entrevista sobre os novos gestores do Guaratinguetá. A todo tempo, o treinador pedia que as perguntas fossem dirigidas ao presidente do clube, Pedro Panzelli. Quando foi questionado sobre o grupo que cuida da parte administrativa, o técnico respondeu. "Não posso falar. Não tenho autonomia para responder sobre questões administrativas. Isso tem que ser falado com o Pedro", respondeu. "Você pode falar com o Pedro. O Ednílson é um deles. Vocês estão me colocando numas questões administrativas, que não cabem a mim. Que nem se fosse dono eu queria".

Gleison quer menos erros e time ligado contra o Corinthians

Yoka volta a jogar em casa nesta sexta, e jogador cobra redução de erros

Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Gleison quer menos erros para o Yoka crescer na Liga Paulista (Leandro Oliveira - Na Gaveta Esportes)
Deixar de errar. Parece fácil indicar o que tem acontecido com o Yoka na temporada 2015. Dois jogos em casa e duas goleadas sofridas. Os erros iniciais na Liga Paulista estão custando caro para o time de Guaratinguetá. Gleison, um dos principais jogadores da equipe, tocou no ponto crucial do clube que segura a lanterna da competição e convocou os torcedores para o jogo desta sexta-feira, contra o Corinthians.

Encarar logo de cara Brasil Kirin, Intelli e, amanhã, Corinthians, tem dado dor de cabeça para os jogadores do Yoka. Gleison indicou onde o time tem errado e o que precisa ser feito para evitar esses erros. "O ponto inicial é não errar. A gente tem errado numa zona muito próxima do nosso gol, onde é fatal.  E contra adversários de qualidade, é gol. O primeiro passo é corrigir esses erros na defesa e fazer nossos gols".

Ele ainda frisou na qualidade dos adversários que derrotaram o Yoka. "A gente não perdeu para times que vão perder pontos para times menores. Perdemos para os favoritos. É difícil? Sim, é muito difícil. Mas a gente está num campeonato forte, com times de qualidade".

Com bom público nas duas primeiras partidas em casa, o Yoka fará o terceiro jogo no Itaguará. Gleison agradeceu o apoio do torcedor e pediu que a torcida compareça novamente no ginásio para empurrar a equipe. "Agradeço ao torcedor do Yoka. Sei que sempre comparecem, e na sexta não será diferente. Espero que a gente possa fazer um bom e se apresentar para o torcedor, porque não nos apresentamos ainda. A gente não mostrou quem é o Yoka de 2015", concluiu.

Yoka Guaratinguetá e Corinthians medem forças nesta sexta-feira, às 20h, no Itaguará. Os ingressos custam R$ 10 e podem ser comprados momentos antes da partida.



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