24 de set. de 2013

Israel Vieira fala sobre filosofia de trabalho e explica demissão de Toninho Cecílio

Presidente do Guará descarta interferência de empresários na escalação do time, fala sobre saída de ex-treinador e alfineta parte 'ausente' da torcida
 
Leandro Oliveira e José Antônio
Na Gaveta - Guaratinguetá
 
A demissão do ex-técnico do Guaratinguetá, Toninho Cecílio, pegou os torcedores tricolores de surpresa. O ex-treinador havia conquistado quatro vitórias, nos sete jogos sob seu comando, e alavancou o crescimento da equipe na competição, que resultou no distanciamento da zona de descenso. Israel Vieira, presidente da Garça, tentou explicar os motivos que levaram a saída de Cecílio, que havia sido contratado há um mês.
 
A manhã desta terça-feira era cinzenta. Tanto no céu como na expressão dos funcionários do Guaratinguetá. Logo no início da entrevista coletiva, realizada na sala de imprensa do estádio Dario Rodrigues Leite, Israel Vieira enfatizou a hierarquia do clube-empresa. "O Guaratinguetá é um clube-empresa e as decisões que são tomadas são soberanas".
Um mês após chegar ao clube, Cecílio é demitido. Israel aponta 'filosofia de trabalho' como principal motivo para demissão (Thiago Leon - AGF)
O discurso inicial era a deixa de que o clima na Garça não era dos melhores. Apesar da campanha regular na competição e do crescimento da equipe, que saltou da 16ª para a 13ª posição, Cecílio havia sido demitido do comando técnico do clube. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, na tarde de ontem, a direção do clube enfatizava que um dos principais motivos da saída do treinador era a filosofia do Guaratinguetá. Questionado sobre essa filosofia, Israel não quis entrar em detalhes. "A filosofia de trabalho pra quem chega é apresentada. E será apresentada ao novo treinador", exclamou.
 
Após a vitória da Garça sobre o América/RN, no último sábado, houve uma conversa entre Toninho Cecílio e membros da direção tricolor. Questionado sobre quem demitiu o ex-treinador, Israel preferiu não responder. "A polêmica é a seguinte, as decisões aqui tomadas são soberanas. Se foi o João, Joaquim ou Pedro, isso interessa somente ao clube".
Israel foi questionado sobre o poder de decisão do diretor de futebol do clube Rubens Gomes, mais conhecido como 'Rubão'. "O Rubão não tem ingerência sobre nada. Ele é gerente de futebol e a hierarquia tem que ser respeitada em qualquer empresa. Não digo que houve desrespeito, mas existe a parte do diretor estar trocando ideias para o melhor do Guaratinguetá".
Perguntado se empresários influenciam na escalação do time, Vieira negou. "O Guará não sofre com a influência de ninguém. Nós temos dois jogadores do São Caetano, Thiago Silvy e Allan. Temos um jogador emprestado do Inter, o Fransérgio e nem dessas equipes existe pressão para que esses jogadores joguem, então muito menos de empresários. Hoje, é difícil no futebol brasileiro um jogador não ter empresário, mas o Guaratinguetá não tem essa interferência de botar ou não pra jogar".
 
Torcida
 
O presidente criticou a postura de alguns torcedores da Garça e chegou a criticar a baixa média de público da equipe, na Série B. "O Guaratinguetá já disse que voltou. Mas a torcida ainda não disse que... sabe, não fez presente ainda, realmente mostrando esse amor, principalmente de alguns críticos que a gente vê aí na internet. Pouquíssimos torcedores. Nós temos uma média de 1200 torcedores acompanhando o Guaratinguetá, então as decisões que tiverem de ser tomadas, serão tomadas".
O Guará apresenta de forma oficial o novo treinador, nesta quarta-feira. O nome mais forte pelos lados do Ninho da Garça é de Paulo Roberto, ex-técnico do Rio Claro, que se envolveu em polêmica com o próprio Guaratinguetá, no início dos anos 2000.
 
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