2 de jul. de 2014

Rocha deixa o Guará e revela "Não recebo nada do Guaratinguetá há três meses"

Zagueiro, e um dos maiores ídolos da história do clube, revela que não recebe há três meses e terá de ir à justiça contra a Garça

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes, Guaratinguetá

Pelo Guaratinguetá, o zagueiro Rocha conquistou o primeiro acesso à Série A-1 da história do clube, em 2006. Esse foi apenas um dos feitos conquistados pelo defensor, que sempre foi caracterizado pela paixão pelo Tricolor e o carinho com o torcedor. Porém, o clima de romance parece ter acabado. Depois de defender o Guará na Série A-2 deste ano, Anderson Rocha pediu demissão no último dia 1º e revelou que não recebe do time há três meses. O jogador ainda afirmou que terá de ir à justiça contra o Guaratinguetá, para tentar receber os salários atrasados.

O zagueiro Rocha enviou uma carta pedindo demissão do Guaratinguetá. Em entrevista ao programa Na Gaveta Esportes, da rádio Inova FM, o defensor não escondeu a insatisfação com a diretoria tricolor. "Não estava tranquilo antes, não estava feliz. Infelizmente, com um clube que eu tenho uma grande identificação. Mas a minha tristeza não é com o Guará e sim com quem está no comando", começou a explicar.
Em 2012, Rocha viveu o drama do rebaixamento à Série A-2 com o Guará
(foto: Fábio Rubinato - AGF)

Questionado sobre o que vinha acontecendo no Guaratinguetá, Rocha desabafou. "A gente começou a Série A-2 recebendo o  pagamento dia 15, em janeiro. Não estava sendo uma maneira profissional, pelo que eu já vi no Guará e em outros clubes. Eu até entendo que o pessoal não tinha experiência ou contato com um clube com o tamanho do  Guaratinguetá, e eu até entendi isso. Mas eu passei a ver que aquilo ali ia continuar e eu não concordo com esse tipo de coisa, porque o Guaratinguetá não é amador. Acabou a Série A-2, a gente já estava com os salários e premiações atrasados há três meses. Isso nunca aconteceu na época do Sony ou do Rivaldo, ou outros patrocinadores. Infelizmente agora aconteceu", contou.

O zagueiro se desligou do Guaratinguetá no dia 1° de julho e afirmou que ainda não recebeu nada do ex-clube. Rocha afirmou que terá de entrar na justiça contra o Tricolor. "Não recebi nada do Guaratinguetá. Na verdade não apareceu ninguém para explicar. Nem o presidente, nem diretores. Ninguém veio falar comigo. Não conversaram nada. Eu falei com meu advogado, escrevi uma carta pedindo demissão porque não estava recebendo, e saí do clube de mãos abanando. Pelo que eu imagino, infelizmente, eu terei de levar o Guará à justiça". 
Com mais de 150 jogos pela Garça, Rocha revelou que está sem receber há três meses (foto: lancenet.com.br)
Além dele, outros atletas também sofrem com os atrasos, segundo o defensor. "Outros jogadores também não receberam. O Luna, Miltinho, Igor, Léo Mineiro, Alan Kardek. A maioria do pessoal que jogou a Série A-2 não recebeu nada, até onde eu sei. O que eu posso confirmar é que eu não estou recebendo nada", desabafou.

Problema começou no início da Série A-2

Rocha afirmou que o problema começou no início da Série A-2 e revelou que se sente injustiçado. "Os guerreiros que conseguiram manter o time na Série A-2, estão sem receber e alguns treinando separado. Na A-2, a gente sabia das dificuldades, mas eu abracei o time. Só que a partir do momento que você abraça e não tem o retorno, você já sabe que será complicado. O problema é que foram (diretoria) empurrando com a barriga e não tiveram condições de manter o time e fizeram essa parceria com o Audax, que dá os jogadores para vestir a camisa do Guaratinguetá". 

O zagueiro ainda revelou que acha um absurdo ter que treinar separado, enquanto o time principal treina em Osasco e só vem à Guará para jogar. "Quem tem treinado aqui são alguns jogadores que disputaram a Série A-2. Deram a folga até o dia 23 de maio ou junho, e agora voltaram somente três, quatro ou cinco jogadores que treinam separado. E não pode. Eu não aceitei essa situação por tudo que construí na história do Guaratinguetá, eu acho um absurdo treinar separado e ter o time treinando em Osasco e só vem pro jogo. Por isso saí do Guará".

Zagueiro reprova parceria com o Audax e diz que time não tem identidade

Insatisfeito com a parceria entre Guaratinguetá e Audax, Rocha não escondeu que o fato do time treinar em Osasco e praticamente não estar em Guará, tira qualquer possível identidade com a cidade e com o torcedor. "Hoje, no Guaratinguetá, quem joga é o pessoal do Audax. Eles compraram a vaga do Guará, e quem joga são os jogadores do Audax. Eles trabalham como Guaratinguetá porque compraram a vaga".

Questionado sobre a falta de identificação do time que representa a Garça na Série C com a cidade, o zagueiro revelou que alguns jogadores vem para Guará reclamando. "Eu acho que não tem identidade nenhuma com a cidade de Guaratinguetá. O time que tem o nome da cidade, devia treinar aqui. O time não treina aqui, só vem pro jogo. E as vezes os jogadores vem até reclamando. Hoje, infelizmente, eu não sei até onde vai o nosso Guaratinguetá. É preocupante a situação, porque o time só treina lá em Osasco, e quando vem pra cá, vem com um ou dois dias de antecedência. Só vem pra fazer a preparação".

Rocha finalizou a entrevista revelando que alguns jogadores reclamam de ter que jogar em Guaratinguetá, sendo que fazem toda a preparação em Osasco. "Alguns (jogadores) reclamam em 'off'. Outros ficaram chateados pela minha situação, porque são meus amigos. Eles ficam tristes por me ver em Guará, treinando, e por eles estarem jogando. Eles mesmos não acham legal treinar lá e jogar aqui. Com certeza, se eu tivesse no lugar deles, jogando por um clube que não tenho identificação, também iria reclamar".

O presidente do Guaratinguetá, Pedro Panzelli, foi procurado pela reportagem do Na Gaveta Esportes e informou que só volta à cidade nesta quinta-feira.



Guará fecha acordo com a Pulse, nova fornecedora de material esportivo

Depois de longo namoro, diretoria anuncia acordo selado com a empresa

Redação
Na Gaveta Esportes, Guaratinguetá

A diretoria do Guaratinguetá confirmou o acordo com a Pulse. A empresa de material esportivo, será responsável pelos materiais da Garça até julho de 2017. O Guará volta a campo somente no dia 20 de julho, contra o Juventude, em Caxias do Sul. A estreia do novo uniforme será nesta partida.
Pulse é confirmada como nova fornecedora de materiais esportivos (foto - arquivo)
O Na Gaveta Esportes já havia dado a informação no mês de maio (leia aqui). Naquela época, a direção da Garça não quis revelar que o acordo já estava selado. Agora, o Tricolor anunciou de forma oficial o nome da nova parceira



Rocha acerta com o Manthiqueira e já treina com o grupo

Depois de defender o Guará na Série A-2, zagueiro tem como missão dar acesso inédito ao Manthiqueira na Série B estadual

Redação 
Na Gaveta Esportes, Guaratinguetá

O zagueiro Rocha, um dos maiores ídolos do Guaratinguetá, é o novo reforço do Manthiqueira. O defensor se junta a Triguinho, que defendeu a Garça no início do futebol profissional do clube e reforça o time laranja para a segunda fase do Campeonato Paulista da Série B. 
Rocha aguardava liberação do Guaratinguetá para acertar com a Laranja Mecânica. Em entrevista, antes do acerto, o zagueiro revelou que só o rompimento com a atual diretoria o distanciava do Manthiqueira.
Depois de defender a Garça na Série A-2, Rocha acerta com o Manthiqueira
(arquivo - Na Gaveta Esportes)
Assim como Triguinho, Rocha ficará no Manthiqueira até o fim da temporada. Você tem mais informações sobre o novo reforço às 17h30, ao vivo, no programa Na Gaveta Esportes da Rádio Inova FM. Sintonize os 107,3 ou acesse www.fminova.com



Fabrício Dias aproveita volta ao Vale, realiza sonho pessoal e anuncia o projeto 'Ataca Lorena'

Escolas da rede pública vão receber o projeto, que tem como objetivo introduzir o vôlei no cotidiano das crianças. Lorena afirmou que pretende incentivar o crescimento pessoal dos jovens

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes, Lorena

O oposto do Taubaté, Fabrício Dias, esteve em Lorena na última segunda-feira. O jogador que foi contratado no início da temporada pelo time do Vale do Paraíba e está lançando o projeto 'Ataca Lorena', que tem como meta incentivar a prática da modalidade nas escolas da rede pública da cidade.
Depois de rodar pelo vôlei nacional, o oposto Fabrício Dias, conhecido como 'Lorena', reforça o Taubaté, na Superliga deste ano. Em passagem por sua cidade natal, o jogador anunciou o lançamento do projeto social 'Ataca Lorena'. "É um sonho que estou realizando, pois carrego a cidade no meu nome. Já tive o prazer de jogar no Brasil e no vôlei europeu, mas o grande sonho da minha vida é esse, colocar em prática o projeto", afirmou o atleta em entrevista à rádio Inova FM.
(foto: divulgação - FDL - Facebook)
Fabrício estudou dos sete aos 15 anos na escola Conde Moreira Lima, em Lorena. Depois desse período, o oposto seguiu para a capital paulista. Conhecendo a realidade do ensino público na cidade, ele carregava esse sonho há alguns anos e só em 2014 teve a chance de colocá-lo em prática.

(foto: divulgação - FDL - Facebook)
A intenção do projeto é levar às crianças a experiência vivida por Fabrício, dentro e fora das quadras, além de revelar que é possível realizar seus sonhos. "Eu queria passar um pouco do aprendizado da minha vida para essas crianças, que por muitas vezes não acreditam nos seus sonhos. Hoje esse sonho está sendo realizado, pois vamos poder começar a trabalhar esse projeto com as crianças da rede pública. E a união entre esporte e educação só agrega no aprendizado".

Lorena ainda explicou que por muitas vezes, a falta de incentivo dentro de casa limita as crianças e revelou que se as crianças participantes do projeto não tirarem boas notas nas escolas, não irão participar. "A rede pública, os jovens, não tem muito apoio, pois não tem expectativa de vida. As vezes, dentro de casa, eles não tem esse apoio. E até as notas são baixas. Então, eu vejo que através do esporte e da minha presença, a gente pode dar esse exemplo. Só que pra participar do projeto, tem que ter boas notas", concluiu.

O projeto 'Ataca Lorena' será lançado oficialmente no fim do mês de julho e cobrirá todas as escolas da rede pública de ensino.



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