18 de nov. de 2015

Eles venceram o Santos na era Pelé e fecharam as portas

Conheça as histórias de três clubes que bateram no Santos na era de Pelé e cia. e anos depois fecharam as portas

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes

O Brasil de 70, a Argentina de Maradona, a Holanda de Cruyff ou a Itália de Paolo Rossi. Grandes esquadrões ganham nomes compostos. É assim com seleções e times do passado, e será assim com clubes do presente, como o Barcelona, de Lionel Messi. 
Pelé conduz a bola, na década de 60, em um estádio no interior de São Paulo - Agência Estado
Por isso, o Santos, entre os anos de 57 e 74, ficou conhecido como "o Santos de Pelé". Não só pelo brilho do Rei do Futebol, mas também pela força do conjunto santista da época. Cinco nomes são exaltados e reverenciados até hoje: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. 

O esquadrão alvinegro ganhou tudo que podia. Decacampeão paulista, tetracampeão do Torneio Rio - São Paulo, hexacampeão brasileiro (5 títulos da Taça Brasil e 1 da Roberto Gomes Pedrosa), bicampeão da Libertadores e do Mundial, campeão da Recopa e da Supercopa. 

Praticamente imbatível, o Santos se tornou pesadelo dos rivais Palmeiras, Corinthians e São Paulo, mas ao mesmo tempo, sonho de tantos outros clubes, pois vencer um time de tal escalão seria o mesmo que conquistar um título. Daria a oportunidade de tantos clubes escreverem seus nomes na história do futebol.

Pensando nisso, o Na Gaveta Esportes montou uma pequena lista dos três clubes que venceram o Santos na era Pelé e fecharam as portas. Lembrando que essa pesquisa conta apenas os clubes que venceram o Santos, entre 57 e 74, e encerraram suas atividades. Clubes como América de São José do Rio Preto, Comercial e São Bento, por exemplo, venceram o Peixe nesse período, mas continuam ativos.

1 a 0 é goleada!

No dia 8 de novembro de 1959, a cidade de Jaú foi palco do confronto entre XV de Jaú e Santos. O acanhado estádio Artur Simões estava abarrotado e tomado por torcedores do XV e admiradores do futebol bem jogado pelo time santista, que marcou 155 gols nesta edição do estadual. 

Pelé foi para o jogo, mas, diferente do primeiro confronto entre os times em julho do mesmo ano, quando marcou três gols e o Santos goleou por 8 a 2, dessa vez, não foi sua estrela que brilhou. Sem vencer o Santos há sete anos e com a goleada entalada na garganta, o XV fez da sua casa um verdadeiro inferno para o alvinegro.

Sem espaços para a criação do Santos, o XV de Jaú marcou um gol, se segurou como pôde e comemorou a vitória como se ela lhe valesse um título. Pena que no fim da temporada o XV amargou o rebaixamento, junto do Nacional e Comercial (da Capital).

O XV de Jaú desistiu de disputar a última divisão paulista em 2015 e o futebol profissional do clube segue inativo desde então.

Deu Esportiva, em 62

Ainda sem vencer o Santos em toda a sua história, a Esportiva de Guaratinguetá superou o alvinegro pela primeira vez em 1962. Jogando no antigo estádio Benedito Meirelles, no Vale do Paraíba, a Rubra fez o dever de casa e parou a máquina santista.

Nessa partida, o Santos não contou com Pelé, que teve como substituto Almir. A Esportiva marcou com Roberto e Frazão, enquanto o Santos descontou com Nenê e o jogo terminou com a vitória apertada do time de Guaratinguetá. 

Dois anos depois, a Esportiva de Guaratinguetá voltaria a vencer o Santos. Dessa vez, o time da Vila mais famosa do mundo teve seu principal jogador em campo.

Glória repetida - Esportiva bate Santos de Pelé

Em 64, a Esportiva voltou a bater no Santos. Com Pelé entre os titulares, o Peixe era franco favorito para a partida. O jogo foi no estádio Benedito Meirelles, a casa da Rubra, e como de praxe, estava lotado. Ver o Santos de Pelé e cia. era um evento a parte para os apaixonados por futebol na época.

Paulo César, aos 36 do primeiro tempo, e Roberto, aos 34 do segundo, marcaram os únicos gols da partida e selaram a vitória da Esportiva sobre o Santos. Pelé jogou, assim como titulares do Peixe na época, como Zito, Mengálvio e Pepe, mas de nada adiantou. 

Zagueiro titular da Esportiva na época, Tupi contou como foi o diálogo com o Rei dentro de campo "Eu cheguei firme nele em uma jogada. Ele só me disse 'Aqui não. Aqui eu revido'. Na jogada seguinte eu cheguei firme de novo e eu falei pra ele 'Aqui quem joga em casa sou eu'. Depois disso, nos encontramos mais algumas vezes dentro de campo. Ele buscando jogo e eu marcando em cima".

A vitória coroaria um dos últimos momentos de brilho da história da Associação Esportiva de Guaratinguetá. O clube venceu o Santos, mas acabou rebaixado no Campeonato Paulista para nunca mais voltar. Em 1998, o time fechou de vez as suas portas para o futebol. 

Surpresa indigesta no ano da despedida do Rei

Da criação a primeira divisão se passaram apenas 13 anos. Na elite estadual, o Saad disputou o Paulistão pela primeira vez em 74. A equipe de São Caetano do Sul chegou à competição graças a um convite da Federação Paulista de Futebol. Logo no ano de estreia, conseguiu um feito que poucos clubes ao longo dos últimos 17 anos conseguiram: vencer o Santos de Pelé na Vila Belmiro. 

A partida foi realizada no dia 24 de agosto de 1974. Meses depois, Pelé deixaria o Santos. Antes da aposentadoria do clube, o recém-chegado à primeira divisão Saad foi à casa do Santos, tentar surpreender o rival. E conseguiu.

Pelé foi para o jogo, mas não deixou sua marca. O Santos jogava em casa, mas a temporada já não era das melhores para o Peixe. Melhor para o Saad, que teve uma noite iluminada do atacante Vagner, autor de dois gols. Arlindo anotaria outro para o time do ABC e Zé Carlos descontaria para o Santos.

O Saad seguiu na primeira divisão em 1975, mas, um ano depois, seria rebaixado à segunda divisão, já que a Federação Paulista de Futebol revogou seu convite ao clube do ABC. O Saad deixou o futebol oficialmente em 1989, após problemas com a prefeitura de São Caetano do Sul.

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17 de nov. de 2015

Seis camisas do futebol paulista que marcaram época nos últimos 25 anos

Seleção pontua seis mantos memoráveis dos últimos 25 anos de futebol no estado de São Paulo

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Uma conquista sempre será eternizada. Essa afirmação também vale para camisas de times de futebol que marcaram época no cenário estadual. Lembranças pelo título conquistado ou pelas boas campanhas, óbvio, mas também pelo design, detalhes e peculiaridade de cada uniforme. 

Somando campanhas marcantes e belas camisas, o Na Gaveta Esportes preparou uma pequena seleção de seis camisas de clubes de São Paulo (exceto Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) que marcaram época nos últimos 25 anos. Lembrando que, além da beleza do uniforme, a seleção também leva em consideração as campanhas das equipes em torneios de nível estadual, nacional e internacional.

A Lusa de Dener em 91

Dono dos holofotes na Lusa, Dener em jogo da temporada - Gazeta Press
A Portuguesa foi vice-campeã brasileira em 1996, quando caiu na final diante do Grêmio. Mas, cinco anos antes, a Lusa lançava uma camiseta que ficaria na memória de quem cresceu e viveu na década de 90. Somente 11ª no Brasileirão e na 4ª posição do Campeonato Paulista, a Portuguesa não teve uma temporada tão bonita como a camisa da época. 

Toda vermelha e com detalhes em verde, branco e vermelho nas mangas, a camiseta da Portuguesa em 1991 alinhava a simplicidade e a ousadia. Fugindo do tradicional alvirrubro em listras horizontais, o design deste ano vestiu perfeitamente o maestro daquele time. Dener se sentia a vontade com o manto lusitano, confeccionado pela Dellerba. 

Bragantino - a camisa da década

Time vice-campeão brasileiro em 91, usando a tradicional camisa 'carijó' - Gazeta Press
De fato o Bragantino chegou para marcar época, no fim dos anos 80. Em 89, o time conquistava o acesso e o título da Série B do Brasileirão. Um ano mais tarde, na final caipira contra o Novorizontino, veio o título do Paulistão da Série A-1.

Mas, sua maior glória estaria por vir. Em 91, o time de Bragança Paulista chegou à final da Série A do Campeonato Brasileiro. Se o título contra o São Paulo não veio, o Massa Bruta sempre será lembrado pela boa campanha na temporada e pela camisa usada ao longo da competição.

Conhecida como 'carijó', a camiseta do Bragantino marcou época. A Dellerba, fornecedora de material esportivo do Massa Bruta entre 90 e 91, decidiu criar uma nova identidade para a época. Como resultado, foi lançada uma camisa totalmente coberta por pequenas figuras geométricas em preto, branco e cinza. Os anos passaram e a lembrança dessa camiseta ainda continua.

Do ABC para o Brasil - uma febre azul

A Rhummel foi responsável pelos uniformes do São Caetano, na saga de 2000 - Getty Images 
Pouco conhecido no cenário nacional, o São Caetano despontou para nunca mais ser esquecido no início dos anos 2000. Recém promovido da Série B do Campeonato Brasileiro, o time do ABC Paulista disputou o módulo amarelo da Copa João Havelange, se saiu bem e chegou às oitavas de final da Copa. No mata-mata, o Azulão desbancou clubes de tradição no país e chegou à final. Fluminense, Palmeiras e Grêmio ficaram pelo caminho. Na decisão, o Vasco da Gama foi melhor, ficou com o título e deu ao São Caetano o vice-campeonato. 

Mas, a boa campanha em meio aos gigantes despertou interesse e atenção de todos. A simples e bela camisa azul com detalhes em vermelho e branco ganhou a vitrine das lojas esportivas no estado e os holofotes da mídia. Mesmo 15 anos depois da saga caetanense, a camisa de 2000 segue sendo lembrada.

O estado de São Paulo é rubro-negro

Em 2002 o Campeonato Paulista foi disputado por apenas 12 clubes, já que as principais potências do estado entraram na disputa do Torneio - Rio São Paulo. Com um elenco encaixado, o Ituano superou os rivais e ficou com o título estadual naquele ano. Esse seria o primeiro, já que 12 anos depois, o Ituano voltaria a liderar o estado.

No mesmo ano foi disputado o Supercampeonato Paulista. Campeão estadual, o Ituano garantiu vaga. Além dele, São Paulo, Palmeiras e Corinthians também entraram na disputa, por terem sido os melhores paulistas no Rio - São Paulo. O rubro-negro eliminou o Corinthians e chegou à final para encarar o São Paulo. Na decisão, o Tricolor foi superior, empatou a primeira partida e goleou no jogo de volta.

Mas o título estadual de 2002 já era o suficiente para gravar o nome do Ituano na história do futebol paulista. A camisa dessa temporada também será recordada, graças ao design simples que casou as cores vermelha e preta em listras verticais. E um outro detalhe na peça ajuda para que a camiseta seja lembrada. A tonalidade do anúncio do patrocinador master da peça.

A camisa que pôs fim a um tabu de 33 anos

Rico era o principal jogador da Briosa, em 2003 - Gazeta Press
Quase rebaixada em 2002, a Portuguesa Santista aprontou no Campeonato Paulista de 2003. O futebol moleque, envolvente e de agilidade da Briosa impulsionou o time para liderar seu grupo na primeira fase, desbancando São Paulo e quebrando um tabu de 33 anos sem vencer o Santos. De quebra, a Portuguesa ainda viu o rival praiano ser eliminado na primeira fase.

Nas quartas de final, o Guarani ficou pelo caminho. Nas semifinais, era a vez de reencontrar o São Paulo. Na primeira fase, o confronto ficou empatado por 1 a 1. No mata-mata, a Briosa por dois resultados iguais para avançar, porém, o São Paulo fez 5 a 0 no Morumbi e 1 a 0 na Vila Belmiro e o sonho de Rico, principal jogador alvirrubro, e Pepe, treinador, acabava.

Mas nem a goleada sofrida na semifinal, nem a eliminação apagam a campanha que a Portuguesa Santista fez. Isso sem contar a camiseta da Briosa na temporada. Com listras verticais em vermelho e verde e com a gola branca, o uniforme criado pela Neo ganhou destaque graças a campanha do time em 2003, mas também, pela simplicidade e harmonia embutidas no design daquela temporada.

Mossoró, Copa do Brasil e uma camiseta memorável

A Wilson não fugiu da tradição e acertou a mão na camiseta de 2005 do Paulista de Jundiaí - Agência O Globo
Santo André e Paulista conquistaram a Copa do Brasil, em 2004 e 2005, respectivamente. Mas o time de Jundiaí, além de desbancar um gigante carioca na decisão, assim com o andreense fizera um ano antes, brindou os apaixonados por futebol com uma belíssima camiseta ao longo da competição.

O modelo usado em 2005 mais parecia uma das camisas antigas da Seleção Paulista de Futebol, com listras verticais pretas e brancas e leves detalhes vermelhos. Nas fases anteriores à final, o Paulista chegou a entrar em campo com uma camiseta sem patrocínio no peito e nas mangas, contra o Figueirense, por exemplo. Além do Figueira, o Galo da Japi eliminou também Botafogo, Cruzeiro, Internacional e superou o Fluminense na decisão.

Ser campeão nacional, por si só, é um ato que fica eternizado. Mas que a Wilson deu uma bela mão para contribuir para que essa lembrança seja ainda mais bonita, ela deu.  

E você, tem alguma camiseta marcante dos últimos 25 anos na memória? Se tiver, sugira lá na nossa página no Facebook: Na Gaveta Esportes. Deixe também sua sugestão de pauta ou tópico relacionado ao  futebol estadual.

16 de nov. de 2015

Quais cidades e estádios do interior de São Paulo já receberam jogos oficiais da Seleção Brasileira?

Na década de 90, Seleção Brasileira jogou no interior do estado de São Paulo em três ocasiões

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes

A Seleção Brasileira volta a campo nesta terça-feira, quando enfrenta o Peru pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Depois de empatar contra a Argentina, em Buenos Aires, o Brasil busca a segunda vitória em casa pela competição, dessa vez, em Salvador. 
Careca marcou em "casa", em 90 - Agência O Globo
Acostumada a jogar em grandes arenas dentro e fora do país, a Seleção Brasileira já desfilou seu futebol pelo interior de São Paulo na década de 90. Mas, foram apenas três partidas. Em 1990, os comandados de Sebastião Lazaroni pegaram a Bulgária, no Brinco de Ouro, em Campinas. Três anos mais tarde, foi a vez da Seleção, comandada por Parreira, encarar a Polônia no Santa Cruz, em Ribeirão Preto. Em 96, Zagallo comandou a goleada sobre Gana, em São José do Rio Preto.

Na casa do Bugre, festa em verde e amarelo

Brasil e Bulgária mediram forças em 5 de maio de 1990, antes da Copa do Mundo da Itália. Sob o comando de Sebastião Lazaroni, a Seleção Canarinho foi abraçada por 51.720 torcedores que lotaram as arquibancadas do Brinco de Ouro e empurraram o time para a vitória. Aldair e Muller marcaram para o Brasil, que venceu por 2 a 1.

Lazaroni, que na época estava fechando o time que representaria o país na Copa da Itália, mandou a campo uma equipe forte, com Taffarel, Jorginho, Aldair, Ricardo Gomes (Ricardo Rocha), Mauro Galvão e Branco (Bismarck), Alemão, Valdo (Tita), Silas, Muller e Careca.

Recorde no Santa Cruz e empate

Em 93 a história era outra. Carlos Alberto Parreira era o comandante da Seleção, que vinha de um fracasso três anos antes, na Copa da Itália. Há um ano da Copa do Mundo dos Estados Unidos e com dificuldades nas Eliminatórias, o Brasil passava por um momento de reformulação de parte do elenco. Nada disso impediu que mais de 62 mil torcedores fossem ver de perto o time brasileiro contra a Polônia.

No jogo em Ribeirão Preto, Parreira optou por mandar a campo um time misto, com Zetti, Vitor (Luiz Carlos Winck), Antônio Carlos, Válber, Roberto Carlos, César Sampaio, Palhinha (Neto), Zinho, Raí, Muller e Evair. 

Em campo, jogadores que despontariam ao longo do tempo pela seleção e atletas que não vingariam com a camisa verde e amarela, apesar do sucesso feito em seus clubes. Muller foi o único brasileiro a marcar um gol na partida, já que o outro gol da seleção brasileira foi contra, marcado por Swierczerwski e o jogo terminou empatado por 2 a 2.


Chocolate em São José do Rio Preto

Em 1996, a Seleção jogou em São José do Rio Preto. O palco da partida era a casa do América, o estádio Benedito Teixeira, e a adversária era a seleção de Gana. 

Nos 90 minutos de jogo, muitas chances de gols concluídas e uma goleada. Com facilidade, o Brasil passeou e fez 8 a 2. Zé Maria, Sávio, Luizão, Marques, André Luiz, Alexandre Lopes e Rivaldo marcaram para a Seleção.

Zagallo, técnico na época, mandou a campo um time com Dida, Zé Maria (Zé Elias), Aldair, Alexandre Lopes e André Luiz, Flávio Conceição, Amaral (Marcelinho Paulista), Juninho Paulista (Jameli), Rivaldo, Luizão e Sávio (Marques).

Com o passar dos anos, grandes estádios do país se tornaram arenas multiuso e modernas. Grandes palcos do interior de São Paulo não tiveram a mesma modernização e, talvez por isso, nenhuma outra cidade sediou jogos da Seleção. 

Mas, pela capacidade de lotação, qualidade das estruturas desses estádios e tradição no futebol, alguma cidade (estádio, caso haja mais de um estádio na cidade) do interior de São Paulo poderia receber a realização de uma partida oficial (amistoso oficial, eliminatórias, etc) da Seleção Brasileira? Opine através da página: Na Gaveta Esportes, no Facebook.


13 de nov. de 2015

Botafogo e a sina de fazer a festa na casa dos adversários

Acostumado a decidir fora de casa na Série D, Pantera luta pelo título contra o River e seu exército de 40 mil torcedores em Teresina, neste sábado

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes
Jogar fora de casa tem sido sinônimo de festa botafoguense - Rogério Moroti/Agência Botafogo
Quando o Botafogo entrar em campo neste sábado, os 110m x 75m do estádio Albertão não serão suficientes para abrigar a decisão da Série D do Campeonato Brasileiro. Se fora das quatro linhas, a torcida do River fez sua parte e esgotou os 40 mil ingressos colocados a venda, dentro de campo, cada jogador do Pantera levará consigo uma fatia de superação.

Isso porque o Botafogo de Ribeirão Preto só conseguiu se classificar para a fase mata-mata depois de passar sufoco na primeira etapa da competição. A campanha era regular, o time era o segundo colocado do grupo, mas a última rodada guardou emoção ao torcedor botafoguense. Num Santa Cruz que pulsava ao som da torcida tricolor, o Pantera segurou o empate contra o Gama jogando com um homem a menos e conseguiu a vaga para a fase de mata-mata. Desde então, o Botafogo sempre decidiu sua vida fora de casa.

O duelo das oitavas de final foi contra o líder do seu próprio grupo. O Crac, por ter feito melhor campanha, tinha a vantagem de jogar a partida decisiva em casa. Mas, o Botafogo mostrou suas cartas logo no primeiro jogo, em Ribeirão Preto. Empurrado pelos torcedores que compareceram em peso ao Santa Cruz, o Pantera fez 3 a 0 e levou uma vantagem confortável para a partida de volta, em Catalão. O 1 a 0 contra não fez diferença e o Botafogo conquistou a vaga na casa do rival.

Nas quartas de final a missão era mais difícil. Derrubar o time de melhor campanha na primeira fase era o objetivo do Pantera. Diante do São Caetano, candidato ao acesso, o Botafogo fez os jogos que o garantiram na Série C do ano que vem. Logo na primeira partida, uma vitória apertada por 2 a 1 no Santa Cruz e a certeza de que o jogo de volta estava aberto a qualquer possibilidade. Mas, no ABC, Neneca se consagrou e o Botafogo se segurou com nove jogadores em campo nos minutos finais para garantir o acesso e a classificação à semifinal.

O Remo era o adversário na semifinal e o torcedor botafoguense já sabia que seu time iria decidir a vaga mais uma vez longe de Ribeirão Preto. Acostumado a jogar fechado fora de casa, o Botafogo provou do próprio veneno no primeiro confronto contra o time paraense. No Santa Cruz, o Pantera teve dificuldades para furar o bloqueio remista e só conseguiu aos 40 minutos da etapa final, com Canela. Na partida de volta, em Belém, foi a vez dos papéis se inverterem e o Botafogo neutralizou as chances do rival para chegar à decisão da Série D.

A final seria disputada contra o River do Piauí e, como de praxe, o primeiro jogo foi em Ribeirão Preto. Assim como o Pantera, o River também não soma conquistas nacionais e, talvez por isso, o ímpeto do time piauiense era tão grande quanto o dos donos da casa. Francis chamou a responsabilidade para si, marcou três vezes e deu a vitória ao Botafogo, por 3 a 2.

O placar apertado do primeiro confronto deixa aberta a decisão do título da quarta divisão nacional. O Botafogo vem provando ao longo da Série D ser um carrasco quando joga fora de casa. Nas três vezes que precisou segurar um resultado longe de Ribeirão Preto, o time conseguiu. Será que neste sábado a sina será repetida e a torcida do Pantera poderá finalmente soltar o grito de é campeão de uma competição nacional?

Tem uma dica de pauta ou tópico sobre o futebol paulista? Sugira através da nossa página oficial no Facebook: Na Gaveta Esportes.


12 de nov. de 2015

Estado de São Paulo terá menor participação de clubes na Série B desde 1985

Marca foi confirmada com queda do Mogi Mirim para a Série C e pode ser ainda menor se Oeste for rebaixado ou Bragantino subir

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes
Braga ainda sonha com acesso; Mogi já está rebaixado - ESPN/Gazeta Press
A Série B do Campeonato Brasileiro do ano que vem marcará um fato histórico para os clubes do estado de São Paulo. Com a confirmação do rebaixamento do Mogi Mirim para a terceira divisão nacional e o fracasso das equipes paulistas na Série C, por enquanto, apenas dois times poderão disputar o nacional. Isso se o Oeste de Itápolis conseguir se manter fora da zona de rebaixamento e o Bragantino não subir para a primeira divisão. 

Desde 1985, a Série B não conta com um número tão pequenos de times de São Paulo. Na ocasião, somente o Marília e o América de São José do Rio Preto participaram do certame. Um ano antes, a marca havia sido repetida, com as participações de Guarani e XV de Piracicaba.

Em 2015, três clubes de São Paulo entraram na disputa. Instável desde o começo da competição, o Mogi Mirim acabou rebaixado. O Oeste segue ameaçado pelo rebaixamento, mas continua fora da zona da degola. A equipe de Itápolis tem 42 pontos, três a mais que o Macaé, 17º colocado.

O terceiro time paulista na disputa é o Bragantino que, matematicamente, ainda sonha com uma das vagas à Série A do Campeonato Brasileiro. O Massa Bruta tem 54 pontos e o Santa Cruz, quarto colocado, soma 58. 

Com a confirmação do rebaixamento do Mogi Mirim, o número de possíveis clubes paulistas para a próxima edição da Série B foi reduzido para dois, já que na Série C deste ano, nenhuma equipe do estado garantiu o acesso. Na Série A, os paulistas fazem campanhas regulares e nenhum time do estado corre risco de queda. Esse indicador iguala as marcas de 1984 e 1985.

Restando três rodadas para o fim da Série B do Campeonato Brasileiro, as chances de queda do Oeste, e de acesso do Bragantino, ainda existem. Se por ventura o time de Itápolis for rebaixado, ou o Massa Bruta conquistar o acesso, o estado de São Paulo atingirá sua pior marca na história da competição, com apenas uma equipe na disputa da segunda divisão nacional. 

11 de nov. de 2015

Qual time do interior de São Paulo mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira?

Ranking tem times como União São João, Taubaté, Botafogo de Ribeirão Preto e Portuguesa Santista

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes
Em 2001, Washington estava na Ponte Preta quando foi convocado - Getty Images
A Seleção Brasileira vai entrar em campo nesta quinta-feira, quando enfrentará a Argentina pela terceira rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Dentre os 23 convocados por Dunga, 12 jogadores estão distribuídos entre Corinthians (com 4 atletas), Real Madrid, Barcelona, PSG e Chelsea (2 cada). Além do Corinthians, só Santos (2), Botafogo e Inter (1 cada) entre os times brasileiros cederam jogadores para a Seleção.

Entrando no clima de mais um clássico entre Brasil e Argentina, o Na Gaveta Esportes preparou uma lista com os clubes do interior de São Paulo que já tiveram ao menos um jogador convocado para partidas oficiais da Seleção. No ranking estão agremiações ativas e inativas. 

Guarani - 18 jogadores convocados

Ponte Preta - 7 jogadores convocados

Bragantino - 6 jogadores convocados

Ypiranga - 5 jogadores convocados 

- Comercial, São Bento e São Caetano - 3 jogadores convocados

- Botafogo de Ribeirão Preto, XV de Piracicaba e Portuguesa Santista - 2 jogadores convocados

- Taubaté, Novorizontino, XV de Jaú e União São João de Araras - 1 jogador convocado

* Vale registrar também os números de dois clubes da capital. A Portuguesa já cedeu 28 jogadores para a Seleção Brasileira, enquanto o Juventus teve dois jogadores convocados.

Dois dos últimos casos de convocações de jogadores de times do interior para a Seleção Brasileira aconteceram no início dos anos 2000. O volante Mineiro foi chamado por Emerson Leão no dia 30 de outubro de 2000, para a partida contra a Colômbia, válida pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. 

Também sob o comando de Leão, o atacante Washington, então na Ponte Preta, foi convocado no dia 25 de abril de 2001 para a partida contra o Peru, nas eliminatórias, e chegou a disputar a Copa das Confederações. O 'Coração Valente' marcou apenas um gol na competição.

E hoje, algum jogador de algum time do interior de São Paulo merece ser observado com mais atenção por Dunga e a comissão técnica da Seleção Brasileira? 

Opine na página do Na Gaveta Esportes no Facebook e sugira tópicos e pautas sobre o futebol do interior paulista. 

*** fonte de pesquisa: RSSSF Brasil

10 de nov. de 2015

FPF divulga fórmula de disputa da Série A-3 de 2016

Campeonato promoverá dois clubes à Série A-2 e rebaixará seis equipes para a Série B

Redação
Na Gaveta Esportes
Número de rebaixados aumenta; em contrapartida, apenas dois clubes sobem de divisão - Fábio Rubinato
A Federação Paulista de Futebol realizou na tarde desta terça-feira o Conselho Técnico para a disputa da Série A-3 de 2016, que tem início em 31 de janeiro e se encerra em 15 de maio. Assim como era de se esperar, o número de clubes que vão subir para a Série A-2 diminuiu, enquanto número de rebaixados para a Série B aumentou. A fórmula de disputa da competição será a mesma de 2015.

Os 20 times que vão iniciar a disputa jogarão entre si em turno único, nas 19 rodadas da primeira fase. Os oito melhores se classificam para a segunda fase. Os seis últimos colocados serão rebaixados para a Série B estadual de 2017. 

Na segunda fase, os oito clubes classificados serão divididos em dois grupos com quatro equipes cada. Os times jogam entre si, dentro do grupo, em turno e returno. Os líderes de cada chave garantem o acesso e disputam o título da Série A-3 em duas partidas.

Também foi mantida a regra que determina o limite de 28 atletas inscritos na competição. Os times terão até o dia 28 de janeiro para inscrever os jogadores para primeira rodada, e até 4 de março para completar a lista. Com o decorrer do estadual, os times poderão trocar atletas que sofreram lesões graves e entre uma fase e outra os times podem inscrever mais quatro jogadores. 

Assim como na Série A-1, na Série A-3 também será implantado o sistema de 'fidelidade' entre treinador e clube. Cada técnico poderá dirigir apenas um time do campeonato. 


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