12 de ago. de 2015

Na trave em 2014, goleiro vê Manthiqueira preparado para o acesso

Com a classificação à segunda fase da Série B Paulista garantida, Pedrão sonha acordado com o acesso à Série A-3

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O Manthiqueira conquistou a classificação à segunda fase do Campeonato Paulista da Série B. Com uma goleada por 5 a 0 sobre o Diadema, fora de casa, o time laranja assegurou uma das quatro vagas da chave. Na próxima etapa, o Manthiqueira disputará um hexagonal e os dois melhores conquistam o acesso. Titular absoluto, Pedrão bateu na trave do acesso em 2014 e espera subir de divisão neste ano.
Focado no acesso, Pedrão afirma ter aprendido com a temporada passada - Leandro Oliveira/Na Gaveta Esportes
Subir para a Série A-3 é uma missão dura. A competição deste ano reúne 30 equipes e apenas quatro conquistam o acesso à terceira divisão estadual. No ano passado, era 34 times na disputa. O Manthiqueira chegou à terceira fase, mas o sonho do acesso morreu no caminho.

Em 2015 algumas situações mudaram e a Laranja Mecânica vive a expectativa pelo primeiro acesso de sua história. Fundado em 2005 e há quatro temporadas disputando competições oficiais, o Manthiqueira tem a chance de chegar à Série A-3 mais uma vez batendo na porta. "No ano passado, nós fizemos uma campanha maravilhosa, mas por detalhes não subimos. O que ficou de lição é que não podemos oscilar", comparou Pedrão.

O goleiro está no clube desde 2013 e é, ao lado do volante Jhony, um dos únicos jogadores que disputaram todas as partidas pela Laranja nesta temporada. Ele contou que o início do ano foi difícil para o clube. "Nós sofremos muito no começo, com a falta de eficiência. Não estávamos conseguindo concluir bem na hora de fazer os gols e faltava também um pouco de sorte. Posso dizer que o fundamental foi a união do grupo", contou.

Em 2014, a falta de experiência foi um dos fatores determinantes para a permanência do time na Série B estadual. Dessa vez, o goleiro taxa como primordial que o grupo esteja preparado para a etapa final da competição. "Temos que ter maturidade e manter uma regularidade para sacramentar o tão sonhado acesso", concluiu.

Atualmente, o grupo hexagonal do Manthiqueira na próxima fase seria composto pelo Noroeste, Inter de Bebedouro, São Bernardo, Lemense e Assisense. A chave pode sofrer alterações, já que no próximo domingo será realizada a última rodada da primeira etapa.

O Manthiqueira se reapresentou na tarde de ontem, no CT São Nicolau, na Colônia do Piagui, em Guaratinguetá. O time treina até sábado, quando se concentra para a partida contra o Guarulhos, na manhã de domingo.


 

Pais de alunos atendidos pela Aamovic protestam na Câmara Municipal de Guaratinguetá

Com fim iminente do projeto social, pais questionam vereadores sobre verba para o projeto

José Eduardo
Guaratinguetá


Indignados e mobilizados em virtude da possibilidade do fechamento do projeto social Aamovic Esporte por falta de estrutura básica, pais de diversos alunos atendidos protestaram em frente à Câmara Municipal de Guaratinguetá. Acompanhados pelas crianças uniformizadas, os presentes reivindicaram melhores condições para o andamento do projeto, além de apoio do poder público.
Segundo Reinaldo Mione, voluntário e pai de um aluno atendido pela escolinha de futebol, a responsável pelo projeto, Rita de Cássia, está esgotada e incomunicável. "Ela já não aguenta mais promessas e só vai voltar com o projeto se houver a infraestrutura básica", afirma.
Reinaldo Mione ao lado de crianças participantes do projeto - José Eduardo/Na Gaveta Esportes
Mione enfatizou ainda a importância do projeto na cidade, que há quase 10 anos promove a inclusão social por meio do esporte. "A Dona Rita vem batalhando há bastante tempo. Eu já atuo há 5 anos no projeto. Os garotos são classificados por categorias e são cobrados pelo bom comportamento social e bom rendimento escolar. Mas é difícil ter que colocar dinheiro do bolso ou sair por aí mendigando migalhas dos outros". 

O pai, orgulhoso, ressalta ainda que para os alunos da Aamovic o importante é competir e ser uma pessoa melhor com o auxílio do esporte. "A Aamovic nunca deu um W.O. Nosso maior orgulho é o fairplay. Nós exibimos com muita alegria cada conquista, cada troféu de segundo lugar".
Pais e crianças manifestam em frente à Câmara
O campo de futebol da Aamovic é cercado por uma espécie de brejo. Segundo os pais presentes na manifestação, isso é inseguro para as crianças, que diversas vezes correm riscos ao irem buscar as bolas, que recorrentemente caem em um local com animais peçonhentos, já que o campo não possui alambrado. A segurança e a infraestrutura foram os principais clamores.
De acordo com Gustavo Mione, o vereador de Guaratinguetá, Régis Yasumura, teria conseguido uma verba oriunda de emenda parlamentar, junto ao deputado estadual Estevam Galvão, para a construção do alambrado no campo. "Já faz um ano que esses mesmos pais e crianças estiveram aqui para homenagear o deputado e agradecer o vereador. Eles prometeram e até agora nada", respondeu.

Posicionamento do vereador

A manifestação tumultuou a Câmara Municipal, que estava lotada, pois além da sessão habitual de terça-feira, realizou também uma sessão solene em homenagem à sacerdotes da região. 

O vereador Régis Yasumura, mencionado como o responsável por conseguir a emenda parlamentar que daria à Aamovic o alambrado, foi ao encontro dos pais, explicar a situação. "O vereador além de legislar, cobrar e fiscalizar o executivo municipal, também tem a missão de ir ao encontro dos deputados, conseguir emendas parlamentares para a cidade". 
Vereador Régis Yasumura conversa com pais de alunos da Aamovic
Emenda parlamentar apresentada
O vereador apresentou o documento assinado pelo deputado referente à emenda parlamentar. "No ano passado estive com o deputado Estevam Galvão e uma das emendas direcionadas por ele à Guaratinguetá foi uma no valor de 50 mil reais para a construção do alambrado no campo da Aamovic", contou.

Porém, Yasumura explicou que para o dinheiro ser liberado, haveria a necessidade do projeto ser enviado pela Prefeitura de Guaratinguetá ao governo do estado, o que, segundo ele, não foi realizado no prazo necessário. "A reivindicação desses pais e crianças é muito justa. A professora Rita não tem apoio do poder público. É um trabalho maravilhoso", afirmou Régis.

Para ele, perder o dinheiro da emenda é uma grande tristeza. "Eu não tenho conhecimento sobre a situação do terreno onde está localizado o campo, se é regular ou não. Eu sei é que ele foi cedido pela prefeitura para fazer o campo. Bastava um trâmite burocrático e o planejamento da prefeitura enviar o projeto para a verba ter sido liberada, o que não foi feito", concluiu.


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