8 de jan. de 2015

'Tá ligado?' Ex-Guará, Filipe Machado comemora sucesso no Macaé e projeta outra boa temporada

Após passagem pela Garça em 2012, zagueiro chegou ao Macaé e foi campeão da Série C no ano passado. Jogador sonha em repetir ano positivo na equipe carioca

Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Com a filha Antonella nos braços e as cores do Macaé, Filipe confia em novo sucesso em 2015 (Tiago Ferreira - Macaé Esporte)
Aos 30 anos de idade, o zagueiro Filipe Machado, que atualmente defende o Macaé, vive uma das melhores fases de sua vida. Depois de rodar por clubes do Brasil e do exterior, o defensor se firmou no time carioca e conquistou o acesso e o título da Série C do Campeonato Brasileiro, no ano passado. Filipe passou pelo Guaratinguetá em 2012 mas não se firmou na equipe titular. O jogador é o primeiro personagem da série de reportagens 'Tá ligado?', do Na Gaveta Esportes.

Zagueiro oscilou no Guará (Fabio Rubinato - AGF)
Natural de Gravataí, no Rio Grande do Sul, Filipe Machado deu seus primeiros passos no futebol profissional no sul do país. Lançado no Internacional, Filipe rodou por times do Brasil e do exterior. Além do Inter, o defensor defendeu o Fluminense, Chievo da Itália, Pontevenedra da Espanha, CSKA da Bulgária, Baku do Azerbaijão, Duque de Caxias e Resende, antes de chegar ao Guaratinguetá, em 2012. 

Pela Garça, Filipe oscilou entre o banco de reservas e a titularidade. Com a instabilidade no time, o zagueiro foi para o Al-Furaijah, equipe dos Emirados Árabes, no fim de 2012. Depois de passar pelo futebol no Oriente Médio, o defensor chegou ao Macaé, em 2014.

Filipe chegou ao Macaé com uma missão nada simples. Ajudar a equipe alvianil fazer bonito no Campeonato Carioca e conquistar o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. "A temporada passada foi espetacular. Fizemos um bom estadual e saímos campeões da Série C, vencendo grandes jogos contra grandes equipes", conta o zagueiro.
Sobre o título da Série C, Filipe revela que além dos adversários de dentro das quatro linhas, foi necessário vencer os obstáculos extracampo. "Apesar de toda a dificuldade que é a Série C, a nível de salários, estrutura, nós soubemos lidar com isso e colocamos o clube num patamar de maior visibilidade".

Doce surpresa

Ainda no Mangueirão, zagueiro posou para foto com a taça
da Série C (Macaé Esporte)
O Macaé jogou o suficiente para se classificar na primeira fase, da Série C. Com 26 pontos, o time assegurou a quarta posição do Grupo B e foi o pior entre os oito classificados à segunda fase. Porém, no mata-mata, a equipe carioca mostrou sua força e deixou para trás times de tradição e força nas arquibancadas, como Fortaleza, CRB e Paysandu. 

Nas quartas de final, os dois empates contra o Fortaleza, 0 a 0 e 1 a 1, deram a vaga ao Macaé. Na semifinal, a goleada contra o CRB, por 4 a 0, encaminhou a classificação e o time não teve trabalho para segurar a igualdade por 0 a 0, em Maceió. Na decisão, contra o Paysandu, o empate por 1 a 1, em casa, mostrou que seria difícil levantar a taça. Mas, no jogo de volta, no estádio Mangueirão, em Belém, a partida terminou empatada por 3 a 3 e os cariocas ficaram com o título.

Filipe conta que um dos principais responsáveis pelo título foi o técnico, Josué Teixeira, que fez com que o elenco se valorizasse e acreditasse na conquista. "O time chegou na fase final numa crescente. Nosso treinador foi um cara essencial neste título. Ele pegou um grupo desacreditado e deu moral. Nos colocou nas finais".

Foco e oportunidade

Atento ao mercado do futebol, Filipe Machado avaliou que o Campeonato Carioca deste ano poderá ter surpresas de times menos expressivos. "Neste ano, vai ser bem disputado, porque as equipes grandes, fora o Flamengo, não estão fazendo grandes investimentos. Acho que teremos algumas surpresas neste 'carioca' e pode colocar o Macaé entre uma delas, pois o o clube está investindo para chegar às finais".

Para fazer bonito no estadual, o zagueiro revelou que está se dedicando ao máximo nos treinamentos e que está muito confiante em mais uma temporada positiva. "Pré-temporada nenhum jogador gosta, porque se trabalha muito a parte física. É muito cansativo, mas é essencial para o atleta. Estou me doando ao máximo, porque tem tudo para ser um grande ano pra mim e para o Macaé. Estou muito confiante neste Campeonato Carioca".


 


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