Para evitar lesões, Claudinei Afonso, fisiologista do Guará, usa sistema que mede grau de desgaste de cada atleta
Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes - Guaratinguetá
Dentro de campo tudo vai dando certo para o Guaratinguetá. Para que não haja problemas nas quatro linhas, como lesões, a Garça realiza testes que analisam os indicadores bioquímicos, que auxiliam na recuperação dos atletas logo após as partidas.
Com a sequência de jogos nos meios e fins de semana, o preparador físico tricolor Claudinei Afonso, conhecido como Dudi, opta pelo CK (Creatina Quinase), uma enzima que existe dentro do músculo e que aumenta no sangue, quando há sobrecarga muscular. "Isso varia de competição para competição. Como nós estamos jogando com a semana cheia, é preciso ter esse controle da enzima de cada jogador", explicou Dudi.
Dudi, a esquerda, avalia o lateral Renato Peixe (Assessoria de Comunicação - GFL) |
A CK revela o grau de esforço feito pelo atleta, no dia seguinte das partidas. Esse indicador é importante para apontar o tamanho do desgaste do jogador, na partida anterior. "Quando o atleta se apresenta no clube, é feito o teste para se ter a taxa basal. Então temos um parâmetro. Esse atleta chega em um nível bom, não está cansado, não teve sequência de jogos. Então a partir desse número você já começa a conhecer o jogador", revelou.
(Fábio Rubinato - AGF) |
Para entender um pouco mais sobre esse sistema, Dudi explicou como é feita a medição da CK e deixou claro que cada jogador tem um número parâmetro. "Cada atleta tem sua individualidade biológica. Para cada um é um valor. Tem jogador que chega com uma taxa baixa, com 120 e com uma sequência de jogos ele vai pra 500. Tem outros que chegam em 600 e vão para dois mil".
Dudi revelou que quando o atleta chega ao nível de 600 ou 700, o jogador é retirado do treino, para que não haja problemas futuros, como lesão muscular. Como o teste ainda é caro, o fisiologista dá prioridade aos atletas que atuam com mais frequência.
Esse controle é feito também na pré-temporada, e se estende por todo o ano. "Uma vez que você tem o controle no dia a dia, e quando mais de 60% do grupo reclama de cansaço é interessante fazer esse acompanhamento. Isso previne lesões e faz com que nós conheçamos cada atleta", concluiu.
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