26 de ago. de 2014

Há três meses sem vencer em casa, Fernando Diniz volta a culpar gramado, mas reconhece má postura do Guaratinguetá diante do Tupi

Treinador demonstra irritação após quarto empate em Guará, repete discurso, mas indica que grupo jogou fora das características habituais 

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes, Guaratinguetá
Dos seis jogos em casa, Garça venceu um, perdeu outro e empatou quatro (Leandro Oliveira - Na Gaveta Esportes)
Seis jogos em casa, quatro empates, uma derrota e apenas uma vitória. O desempenho do Guaratinguetá no Dario Rodrigues Leite é inferior a campanha da equipe fora do Vale do Paraíba, onde o time tem três vitórias e três derrotas. Se nos últimos jogos em Guará o treinador Fernando Diniz colocou a culpa na má qualidade do gramado, após o quarto empate na Série C o comandante voltou a falar do campo, mas admitiu que seu time não produziu na segunda etapa e jogou fora das características implantadas por ele.

Para conquistar o acesso à Série B, o Guará precisa pontuar dentro e fora de casa. Fora do Vale do Paraíba o time tem ido bem, mas o problema parece estar na própria casa. "Se você pegar nossas melhores partidas, elas são fora de casa e com bons campos. Com as características dos nossos jogadores, um campo melhor facilita o jogo. Uma coisa é o campo, outra coisa é que o time jogou de maneira diferente no segundo tempo", afirmou Diniz.

A diferença citada pelo treinador fez com que a Garça fizesse um gol na primeira etapa, com Ytalo. O placar do primeiro tempo poderia ser maior se o travessão não parasse a cavadinha de Marquinho. Porém, o Guaratinguetá voltou para o segundo tempo apagado e sofreu com as investidas do Tupi, que igualou com Rafael Toledo. "O time renunciou o jogo. Nós temos uma característica de jogo e não jogamos com ela no segundo tempo. Fiz algumas substituições, já que o time não queria mais jogar e a gente acabou entregando um gol para os caras", revelou o treinador.

Fernando Diniz falou que nos últimos 45 minutos o time jogou sem as principais características implantadas por ele, mas segundo o técnico, o grupo não sofreu com a ansiedade para voltar ao G-4. "Como não fomos buscar o jogo no segundo tempo, como fomos no primeiro, o Tupi soube aproveitar e pegou um time descaracterizado. Ficamos no meio do caminho e o ataque ficou comprometido", respondeu. "Não acho que é só pela ansiedade. Acredito que o time ficou descaracterizado. É claro que é inegável que a qualidade do campo atrapalha", concluiu. 

Questionado sobre como agir do banco de reservas ao ver sua equipe jogando sem as principais características e postura, implantadas por ele, Diniz rebateu. "A postura do treinador é reconhecer que perdeu a postura do time". 
Perguntado sobre como reverter a situação dentro dos 90 minutos do jogo, Fernando Diniz se exaltou. "Treinar mais e fazer jogar, aconteceu isso em um tempo... O treinador assume que o time jogou fora da característica do time e a derrota é responsabilidade do técnico, se é isso que você está propondo. Sempre vai ser assim, não precisa dar indireta. A responsabilidade é minha. O campo tem interferência, não tem? Ou você acha que o time que toca a bola não tem interferência? Esse é um fator, mas tem outros. O mais importante foi a postura do time. O time jogou de um jeito no primeiro tempo e completamente diferente no segundo", concluiu.

Com o quarto empate na Série B e sem vencer em Guaratinguetá desde o dia 31 de maio, a Garça caiu para o sétimo lugar e está a dois pontos do G-4. O próximo adversário do Tricolor será o Duque de Caxias, no sábado, 30, às 16h, fora de casa.



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