Meia do JAC não segurou as lágrimas após tropeço para o Manthiqueira e abriu o jogo sobre classificação e carreira como jogador na Série B estadual
Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes, Jacareí
Pra muitos, o sonho de jogar futebol profissionalmente se torna realidade e as portas se abrem. Para outros, pequenas portas são abertas, mas o desejo de crescer na profissão mais cobiçada no Brasil permanece vivo. Cacá, que disputou a Série B do Campeonato Paulista pelo Manthiqueira em 2011, 2012 e 2013, hoje defende o Jacareí. O meia deixou o campo do estádio Dario Rodrigues Leite desolado, após o tropeço para seu ex-clube, que praticamente decretou o fim do campeonato para o JAC.
Em campo, 2 a 0 para o Manthiqueira. A derrota do Jacareí praticamente aniquilou as chances do Jacaré chegar à próxima fase, já que precisa vencer seus dois próximos jogos e torcer para um tropeço do Manthiqueira, na última rodada. Distantes por seis pontos, a missão para o JAC é difícil, mas não impossível, segundo o meia Cacá. "É muito difícil, agora. Ainda temos uma chance pequena e vamos buscar a classificação. Até quando der, nós vamos lutar".
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| Meia vestiu a 10, mas não conseguiu ajudar o JAC diante do Manthiqueira (foto: Leandro Oliveira) |
Ao todo, 39 clubes disputam a última divisão paulista, popularmente conhecida como 'bêzinha' ou 'segundona'. Apesar do número grandioso de times divididos nos seis grupos da primeira fase, a edição de deste ano tem menos equipes participantes do que em edições passadas. Em 2007, por exemplo, 48 times começaram o torneio, enquanto no ano passado, 45 iniciaram a disputa. Caminhando lado a lado com o número expressivos de clubes na disputa está a quantidade de atleta inscritos. São mais de 740.
Cacá desabafou. "A gente luta tanto, trabalha todos os dias. Quem tá fora pode pensar que é fácil, mas quem vive o dia-a-dia sabe como é difícil", explicou. "É difícil, jogar uma 'bêzinha', ficar longe da família... e o nosso ganha pão está aqui. Infelizmente acaba agora e a gente volta desempregado pra casa. Isso é o que nos deixa assim, tristes", completou.
O jogador, natural de Arapeí, no Vale do Paraíba, tem 23 anos e até o momento não foi procurado por nenhum clube. "Não recebi nenhuma proposta ainda, mas eu tenho fé... e a esperança é a última que morre", concluiu.
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