Sony Douer abre o jogo, e fala sobre tudo a respeito do Guaratinguetá
O empresário e proprietário do Guaratinguetá, Sony Alberto Douer soltou o verbo, na manhã desta terça-feira. Sony esteve presente no estádio Dario Rodrigues Leite e viu o Guará sofrer sua quarta derrota seguida, diante do Joinville, no último sábado.
Sobre a nova derrota e a péssima campanha que o Tricolor do Vale vem fazendo ao longo do ano, Sony não mediu palavras e abriu o jogo: "Não sei o que acontece, isto é inédito na minha carreira profissional e desportiva. Sempre tive êxito. Temos oito acessos, mas neste ano, a coisa não está andando como queremos".
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| (foto: Fábio Rubinato) |
A atual temporada tem dado calafrio aos torcedores do Guaratinguetá. Só em 2012, já passaram 100 jogadores e 7 técnicos pelo clube. "Já testamos todos os jogadores do elenco, praticamente todos os esquemas táticos, e nada dá certo. Nas partidas, começamos bem, mas com o decorrer do jogo, perdemos o foco e a partida", relatou. "Temos um time experiente, mas não estamos tendo maturidade. Na Série B, não devemos nada a ninguém, quando o assunto é o elenco, mas quando a bola rola...", concluiu Douer.
Sony ainda relatou que o problema da equipe não é o treinador, e desconhece qualquer tipo de problemas internos entre os jogadores. "Sempre fui otimista, esta é natureza humana. Escutei na rádio, que havia um problema de relacionamento entre os jogadores, e bebedeira. Mas desconheço esta informação. Se alguém souber de algo, me mostre", concluiu.
O gramado, sócio-torcedores e média de público
Sobre o estado do gramado, que segundo o presidente do clube, Israel Vieira, é de responsabilidade do próprio Guaratinguetá, e não do poder público, Sony foi enfático e direto. "Um pasto! O Dario está um pasto! Não conseguimos desenvolver o nosso futebol dentro do nosso próprio campo. É lamentável jogar nessas condições", afirmou. "Não sou responsável pelo campo, até porque o Manthiqueira também jogava lá. Eu pago aluguel do campo, preciso de um campo à nível de Série B. Nossa realidade é que jogamos em um pasto!".
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| (foto: VNews) |
O estado do gramado é apontado como um dos fatores prejudiciais pela fraca campanha da equipe, e a ausência da torcida também foi citada. "Não temos torcida. O adversário vem jogar em casa, e jogam em campo neutro. Eu aplaudo os torcedores que vão aos jogos, pois esses sim, amam o clube", apontou. "Peço que a torcida reconheça a grandeza do clube e principalmente, porque levamos o nome da cidade para o Brasil e para o mundo", concluiu.
A média de público do Guaratinguetá nesta Série B é de 800 torcedores. O número é o mais baixo de toda a história do clube, que chegou a ter, público de 12mil torcedores em uma semifinal de Série B1, em 2002. "Você vai em qualquer estádio de fundo de quintal, tem mais torcedores que a gente. 700, 500 pessoas pra ver um jogo de Série B é uma piada. Não estou tirando o foco do problema, mas esses detalhes como o gramado, o baixo número de sócios e a pífia quantidade de torcedores, são fundamentais para a nossa campanha", avaliou.
O baixo número de sócio-torcedores não tem agradado ao empresário, que mencionou a quantidade total de sócios do presente e agradeceu a todos os que aderiram ao projeto do clube. "Temos 300 gatos pingados. Qualquer time do interior tem um número de sócios maior que o Guaratinguetá. Mas eu agradeço aos sócios do clube, pois esses sim, querem ajudar o Guaratinguetá. Este torcedor vai para o estádio ver o seu time jogar", enfatizou.
Venda do clube?
Sony ainda tocou em um ponto que vem sendo comentado pelos torcedores e profissionais de imprensa: a venda do clube. "Ninguém me procurou, não estou vendendo o time. Não há verdade nisso.
Apesar de não haver nenhuma proposta concreta pela compra do clube, Sony mencionou que vender o time não é o mesmo que tirá-lo da cidade. "O fato de haver uma venda não quer dizer mudar de cidade, e sim agregar valores. A cidade ganha com isso. Mas infelizmente não é verdade. Porém, se houver alguma empresa interessada, eu converso", finalizou.
Sony Douer concedeu entrevista ao Jornal Piratininga, da Rádio Piratininga de Guaratinguetá. O empresário havia marcado uma entrevista com o Na Gaveta Esportes no último sábado, mas por razões desconhecidas, precisou sair mais cedo do estádio.
(entrevista concedida ao Jornal Piratininga)
Leandro Oliveira - Na Gaveta Esportes
