4 de jun. de 2014

Aos 36 anos, Falcão sonha com despedida da Seleção e se emociona com carinho dos fãs

Eleito o melhor do mundo das quadras por quatro vezes, ala quer mudanças na seleção mas revela desejo de se despedir oficialmente da camisa amarelinha

Leandro Oliveira
Na Gaveta Esportes, Guaratinguetá

Hoje, com 36 anos de idade, sendo 16 deles dedicados à Seleção Brasileira de Futsal, o ala Falcão, eleito pela Fifa o melhor do mundo por quatro vezes, não pensa em defender novamente a amarelinha. O eterno camisa 12 joga atualmente pelo Brasil Kirin, de Sorocaba, e afirma que recusa à seleção é por visar uma melhoria no esporte. Falcão, que passou por Guaratinguetá na última terça-feira, também revelou que sonha com uma partida de despedida da seleção e afirmou que carinho dos fãs é a sua principal conquista.

Falcão afirmou que sonha com despedida  Seleção (foto: Leandro Oliveira)
Por onde passa, Falcão leva uma multidão ao seu redor. Com um currículo vitorioso coletivamente e também individualmente, o dono da camisa 12 conquistou o bicampeonato da Copa do Mundo, penta da Copa América, hepta do Grand Prix e a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em 2007, entre outros títulos pela Seleção Brasileira.

Quando o assunto é a camisa verde e amarela, Falcão oscila entre as boas lembranças do passado vitorioso e os conflitos do presente. "Eu tenho 16 anos de Seleção Brasileira. A minha briga com a seleção é para que mudem as coisas de lá, para coisas certas. Nada em benefício meu, até porque, eu não faço mais questão de vestir a camisa da seleção", afirma Falcão.

Mesmo com os atritos da atualidade, o ala não nega que sonha em realizar um jogo de despedida pela Seleção Brasileira. "Queria sim, ter um jogo de despedida, como sempre sonhei", afirma. "Mas a nossa intenção é melhorar o esporte, pois as pessoas que estão lá, vão acabar com o futsal", conclui o ala.

Carinho dos fãs e reconhecimento

Com tantos títulos, números importantes e conquistas, Falcão é sempre muito assediado. Em sua passagem por Guará, não foi diferente. O jogador comentou o carinho que recebe dos fãs, independente da cidade ou torcida adversária. "É um sentimento muito legal, e uma responsabilidade muito grande. Eu consegui manter o alto nível por muitos anos na minha carreira, então, eu sei da minha importância por isso", afirma "Então, eu acho que o maior troféu que eu posso ter é esse reconhecimento, esse carinho", concluiu.

Em meio a tantos pedidos para fotos, autógrafos ou um simples abraço com o ídolo, o camisa 12 revela que procura atender o maior número de fãs. "Nem sempre eu posso atender todo mundo. As vezes o pessoal invade e a gente tem que ir para o vestiário. Mas eu gosto de passar e cumprimentar a galera", afirmou.
Falcão atraiu o público e homenageou o ex-jogador do Yoka, Rafa del Rey, falecido há uma semana
(foto: Gilberto Santos - ligapaulistafutsal.com.br)
Falcão lamentou não ter podido atender um maior número de admiradores em Guará. "Fico triste porque hoje não deu pra fazer isso (atender grande parte dos torcedores), mas espero que a galera entenda e também espero vir aqui outras vezes", concluiu o camisa 12.

O Brasil Kirin, time que Falcão defende na Liga Paulista, venceu o Yoka Guaratinguetá por 4 a 3, de virada, na última terça-feira. Apesar do nome e do prestígio, o camisa 12 passou em branco e viu seu companheiro de clube, Rodrigo, marcar os quatro gols do time sorocabano.



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