Ato será realizado na manhã deste sábado, em Guará, e contará com cerca de 50 convidados entre ex-atletas, treinadores e dirigentes da Gloriosa
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Se estivesse ativa, a Esportiva de Guaratinguetá teria completado
100 anos, no último dia 9 de julho. O clube, que fechou as portas em
1998, era um dos mais tradicionais do interior de São Paulo, disputou a
primeira divisão estadual na década de 60 e ficou conhecida como a
equipe que bateu o Santos de Pelé e cia. Para comemorar e relembrar os
anos de glórias da alvirubra, um encontro com ex-jogadores, treinadores,
presidentes e membros da crônica esportiva será realizado na manhã
deste sábado, na sede da Armeg, centro de Guará.
A
Esportiva por muitos anos foi sinônimo de orgulho para o apaixonado por
futebol, de Guaratinguetá e região. Fundada em 1915, a agremiação saiu
do futebol amador para chegar ao profissional, deixou o branco e preto
para trás para se tornar alvirubra e chegou à elite do futebol estadual,
numa época em que o Campeonato Paulista era o mais importante torneio
do país.
Torcedor observa pôster do time campeão da divisão de acesso de 1960 - Leandro Oliveira/Na Gaveta Esportes |
Um mês depois de completar seu
primeiro centenário, um encontro com ex-atletas e dirigentes da Gloriosa
e membros da imprensa da época marca uma singela comemoração a data e
ao passado. "Uma das finalidades é essa homenagem a Associação Esportiva
de Guaratinguetá", contou o General Paulo Neves de Aquino, presidente
da Armeg e responsável pelo ato de comemoração.
Paulo Neves de Aquino contou que uma homenagem a alguns atletas foi realizada no Itaguará, mas pela história e importância da Esportiva para a cidade, um novo ato precisou ser feito para que diversos ex-jogadores e membros diretivos ou da comissão técnica da época também fossem homenageados. "Fizemos uma homenagem ao Tupi, Xispa, Costa e Marucci há algum tempo, mas ampliamos essa homenagem a todos que passaram pelo time".
Narrador por muitos anos das partidas da Esportiva, o jornalista Carlos Marcondes contou qual transmissão mais o marcou durante sua trajetória nos jogos da Gloriosa. "Foi a decisão pelo acesso, em 1960. Não transmiti o jogo aqui, entre Esportiva e XV Jaú, 5 a 0. Porque fui em São Bernardo acompanhar Irmãos Romano contra o Catanduva. A Esportiva estava um ponto na frente e a gente precisava fazer essa cobertura. Lá, tivemos uma paralisação de 30 minutos do jogo e quando a partida terminou em Guará, ninguém saiu do estádio. O jogo lá ficou em 0 a 0 e eu disse 'podem comemorar'. Existiram muitos jogos importantes, mas esse foi sem dúvidas o mais", relatou.
Questionado sobre a principal lembrança da Esportiva, Paulo Neves se emociona e recorda a época que o futebol era mais simples e feito com o coração. "Assisti muitas vezes, durante minha juventude. Na década de 40, 50, quando era estudante. Cheguei a ver a Esportiva na época de amador e vi muitos jogadores surgindo aqui, como o Forno, grande cérebro do time. Mas também vi outros que não tinham o mesmo brilho, mas tinham um entusiasmo que não se vê hoje em dia, como o carroceiro Pafúncio. Ele trabalhava até às 15h fazendo entregas de carroça e depois ia treinar", relembrou.
O encontro dos personagens do passado da Esportiva será realizado na manhã deste sábado, às 10h30, na sede Associação do Resgate a Memória Esportiva de Guaratinguetá, na Rua Feijó, centro da cidade. São esperados mais de 50 convidados.
Paulo Neves de Aquino contou que uma homenagem a alguns atletas foi realizada no Itaguará, mas pela história e importância da Esportiva para a cidade, um novo ato precisou ser feito para que diversos ex-jogadores e membros diretivos ou da comissão técnica da época também fossem homenageados. "Fizemos uma homenagem ao Tupi, Xispa, Costa e Marucci há algum tempo, mas ampliamos essa homenagem a todos que passaram pelo time".
Narrador por muitos anos das partidas da Esportiva, o jornalista Carlos Marcondes contou qual transmissão mais o marcou durante sua trajetória nos jogos da Gloriosa. "Foi a decisão pelo acesso, em 1960. Não transmiti o jogo aqui, entre Esportiva e XV Jaú, 5 a 0. Porque fui em São Bernardo acompanhar Irmãos Romano contra o Catanduva. A Esportiva estava um ponto na frente e a gente precisava fazer essa cobertura. Lá, tivemos uma paralisação de 30 minutos do jogo e quando a partida terminou em Guará, ninguém saiu do estádio. O jogo lá ficou em 0 a 0 e eu disse 'podem comemorar'. Existiram muitos jogos importantes, mas esse foi sem dúvidas o mais", relatou.
Questionado sobre a principal lembrança da Esportiva, Paulo Neves se emociona e recorda a época que o futebol era mais simples e feito com o coração. "Assisti muitas vezes, durante minha juventude. Na década de 40, 50, quando era estudante. Cheguei a ver a Esportiva na época de amador e vi muitos jogadores surgindo aqui, como o Forno, grande cérebro do time. Mas também vi outros que não tinham o mesmo brilho, mas tinham um entusiasmo que não se vê hoje em dia, como o carroceiro Pafúncio. Ele trabalhava até às 15h fazendo entregas de carroça e depois ia treinar", relembrou.
O encontro dos personagens do passado da Esportiva será realizado na manhã deste sábado, às 10h30, na sede Associação do Resgate a Memória Esportiva de Guaratinguetá, na Rua Feijó, centro da cidade. São esperados mais de 50 convidados.
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