Com fim iminente do projeto social, pais questionam vereadores sobre verba para o projeto
José EduardoGuaratinguetá
Indignados e mobilizados em virtude da possibilidade do fechamento do projeto social Aamovic Esporte por falta de estrutura básica, pais de diversos alunos atendidos protestaram em frente à Câmara Municipal de Guaratinguetá. Acompanhados pelas crianças uniformizadas, os presentes reivindicaram melhores condições para o andamento do projeto, além de apoio do poder público.
Segundo Reinaldo Mione, voluntário e pai de um aluno atendido pela escolinha de futebol, a responsável pelo projeto, Rita de Cássia, está esgotada e incomunicável. "Ela já não aguenta mais promessas e só vai voltar com o projeto se houver a infraestrutura básica", afirma.
Reinaldo Mione ao lado de crianças participantes do projeto - José Eduardo/Na Gaveta Esportes |
Mione enfatizou ainda a importância do projeto na cidade, que há quase 10 anos promove a inclusão social por meio do esporte. "A Dona Rita vem batalhando há bastante tempo. Eu já atuo há 5 anos no projeto. Os garotos são classificados por categorias e são cobrados pelo bom comportamento social e bom rendimento escolar. Mas é difícil ter que colocar dinheiro do bolso ou sair por aí mendigando migalhas dos outros".
O pai, orgulhoso, ressalta ainda que para os alunos da Aamovic o importante é competir e ser uma pessoa melhor com o auxílio do esporte. "A Aamovic nunca deu um W.O. Nosso maior orgulho é o fairplay. Nós exibimos com muita alegria cada conquista, cada troféu de segundo lugar".
Pais e crianças manifestam em frente à Câmara |
O campo de futebol da Aamovic é cercado por uma espécie de brejo. Segundo os pais presentes na manifestação, isso é inseguro para as crianças, que diversas vezes correm riscos ao irem buscar as bolas, que recorrentemente caem em um local com animais peçonhentos, já que o campo não possui alambrado. A segurança e a infraestrutura foram os principais clamores.
De acordo com Gustavo Mione, o vereador de Guaratinguetá, Régis Yasumura, teria conseguido uma verba oriunda de emenda parlamentar, junto ao deputado estadual Estevam Galvão, para a construção do alambrado no campo. "Já faz um ano que esses mesmos pais e crianças estiveram aqui para homenagear o deputado e agradecer o vereador. Eles prometeram e até agora nada", respondeu.
Posicionamento do vereador
A manifestação tumultuou a Câmara Municipal, que estava lotada, pois além da sessão habitual de terça-feira, realizou também uma sessão solene em homenagem à sacerdotes da região.
O vereador Régis Yasumura, mencionado como o responsável por conseguir a emenda parlamentar que daria à Aamovic o alambrado, foi ao encontro dos pais, explicar a situação. "O vereador além de legislar, cobrar e fiscalizar o executivo municipal, também tem a missão de ir ao encontro dos deputados, conseguir emendas parlamentares para a cidade".
O vereador Régis Yasumura, mencionado como o responsável por conseguir a emenda parlamentar que daria à Aamovic o alambrado, foi ao encontro dos pais, explicar a situação. "O vereador além de legislar, cobrar e fiscalizar o executivo municipal, também tem a missão de ir ao encontro dos deputados, conseguir emendas parlamentares para a cidade".
Vereador Régis Yasumura conversa com pais de alunos da Aamovic |
Emenda parlamentar apresentada |
O vereador apresentou o documento assinado pelo deputado referente à emenda parlamentar. "No ano passado estive com o deputado Estevam Galvão e uma das emendas direcionadas por ele à Guaratinguetá foi uma no valor de 50 mil reais para a construção do alambrado no campo da Aamovic", contou.
Porém, Yasumura explicou que para o dinheiro ser liberado, haveria a necessidade do projeto ser enviado pela Prefeitura de Guaratinguetá ao governo do estado, o que, segundo ele, não foi realizado no prazo necessário. "A reivindicação desses pais e crianças é muito justa. A professora Rita não tem apoio do poder público. É um trabalho maravilhoso", afirmou Régis.
Para ele, perder o dinheiro da emenda é uma grande tristeza. "Eu não tenho conhecimento sobre a situação do terreno onde está localizado o campo, se é regular ou não. Eu sei é que ele foi cedido pela prefeitura para fazer o campo. Bastava um trâmite burocrático e o planejamento da prefeitura enviar o projeto para a verba ter sido liberada, o que não foi feito", concluiu.
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