Por Leandro Oliveira
Quiseram tanto acreditar na força espanhola, que o mundo parece estar em choque com a eliminação precoce da 'Fúria'. Foram campeões em 2010, de uma Copa que não empolgou. Ostentavam uma estrela dourada e tinham peso neste ano, pelo título na África do Sul. Fora isso, o que a Seleção Espanhola representa para o futebol mundial?
Das 20 Copas já disputadas, a Espanha participou de 15, conquistou um título e sofreu uma eliminação na semifinal, quatro nas quartas de final, duas nas oitavas, uma na segunda fase e seis na fase de grupos. O futebol espanhol cresceu nos últimos anos, graças ao sucesso da filosofia empregada pelo Barcelona de Xavi e Iniesta. A Eurocopa de 2008 abriu as portas para o brilho espanhol, que durou o tempo inverso da escura história da Fúria nos mundiais.
Gracias, Diego. (EFE/EPA Guilaume Horca Juelo) |
A verdade é que a Seleção Espanhola nunca me agradou. Nunca me encantou. A camisa nunca pesou e a grande mídia quis transformar esse time numa Seleção Brasileira. A Bolívia já goleou a Argentina, uma vez, mas nem por isso se tornou um grande seleto entre as principais forças do futebol mundial. Porque dar à Espanha o peso de uma Itália ou Alemanha?
A safra foi boa para o futebol espanhol. Deram-lhe Xavi, Iniesta, Puyol, Casillas, Villa, entre outros. Mas a previsibilidade dos toques, a falta de um homem de referência na frente e a escassez do tesão pela vitória transformam um time nota B- num Equador de grife.
Chegaram ao topo do mundo em 2010 e sentiram o vento suave que só quem já esteve lá em cima pôde sentir. Chegou a hora de descer, encarar a realidade, pegar os trapos daqueles que falam espanhol, catalão e até português, engolir os sapos e enxergar o amarelo de quem o desafia. Mas o tom amarelado não é da Seleção que ostenta cinco títulos mundiais e outras duas decisões na história, e sim, de alguém que vem da Oceania colocar 'La Roja' em seu devido lugar.
Aos que partem, adíos, ou adeus, para que o mais vaiado entre os espanhóis possa sentir mais uma vez o calor desse país tão rico em natureza e história dentro e fora do futebol. Boa viagem, Diego!
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